O conteúdo da fruta em polifenóis tem sido subestimado no que diz respeito aos benefícios para a saúde, revela um estudo realizado por uma equipa internacional de investigadores e publicado no Journal of Agricultural and Food Chemistry.
Os polifenóis actuam como agentes antioxidantes, anti-virais, bactericidas e anti-enzimáticos.
A investigadora espanhola Sara Arranz, a trabalhar no Instituto para a Investigação Alimentar de Norwich (Reino Unido), analisou maçãs, pêssegos e nectarinas, constatando que o seu conteúdo não extraível em polifenóis é até cinco vezes superior aos compostos extraíveis.
Sara Arranz afirma que se os polifenóis não extraíveis não forem considerados, os níveis de polifenóis benéficos como as proantocianidinas, o ácido elágico e a catechina são substancialmente subestimados.
Segundo Paul Kroon, do mesmo instituto, estes compostos são fermentados por bactérias no cólon, criando metabolitos que podem ser benéficos, por exemplo com actividade antioxidante.
Este grupo de investigação dirigido por Fulgencio Saura-Calixto, do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC) de Espanha, tem vindo a trabalhar para mostrar que os polifenóis não extraíveis, que escapam muitas vezes às análises e não são considerados normalmente nos estudos nutricionais, são uma parte importante dos compostos bioactivos da dieta.
Os polifenóis da fruta actuam no organismo como agentes antioxidantes, anti-virais, bactericidas e anti-enzimáticos que protegem contra doenças.
Fonte: Ciência Hoje