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A conferência internacional de doadores para a luta contra a gripe aviária, que hoje termina em Pequim, reuniu 1,7 mil milhões de dólares, valor acima do objectivo da organização da conferência.
As garantias de contribuição já prometidas de forma informal atingem os 1,7 mil milhões de dólares (1,4 mil milhões de euros), acima do objectivo inicial de 1,5 mil milhões de dólares, segundo um membro de uma delegação presente no encontro.
A União Europeia, os Estados Unidos e o Japão são os três maiores contribuintes para este fundo de luta contra uma potencial catástrofe global em caso de pandemia de gripe das aves, segundo o mesmo delegado.
O Banco Mundial, que organiza a conferência em conjunto com a Comissão Europeia e com o governo da República Popular da China, aponta para a necessidade de investir um mínimo de 1,4 mil milhões de dólares nos próximos três anos para lutar contra uma possível disseminação global do H5N1, a mais perigosa estirpe do vírus que causa a gripe das aves.
Nancy Powell, representante dos Estados Unidos, prometeu hoje em discurso na conferência atribuir 334 milhões de dólares para a luta contra a gripe aviária, na sua maioria através de concessões financeiras e assistência técnica.
A China prometeu também contribuir com 10 milhões de dólares para o fundo, com o primeiro-ministro Wen Jiabao a sublinhar que "a prevenção e o controlo da gripe aviária é uma tarefa longa e árdua que requer esforços incessantes dos governos nacionais e cooperação estreita da comunidade internacional".
Wen Jiabao defendeu que os países desenvolvidos e as organizações internacionais devem aumentar o financiamento "dos países em vias de desenvolvimento mais atingidos, com total respeito pela sua soberania política e sem condições políticas associadas à ajuda".
O Banco Mundial anunciou a abertura de uma linha de crédito de 500 milhões de dólares para os países com dificuldades em combater a doença.
A União Europeia anunciou terça-feira a decisão de atribuir 100 milhões de euros, 20 milhões de euros a mais do que Bruxelas tinha anunciado na passada semana, com maioria dos fundos a vir do orçamento das relações externas e do Fundo Europeu para Desenvolvimento.
A conferência de doadores, que teve início na segunda-feira e hoje termina, tem como objectivo avaliar as necessidades financeiras na luta contra a doença ao nível nacional, regional e global, e segue-se à primeira conferência de doadores, que decorreu em Genebra em Novembro do ano passado.
Participam na conferência de Pequim representantes de 90 países e 25 organizações internacionais, incluindo a OMS, a FAO e o Gabinete Internacional de Epizootias (OIE).
A morte de quatro crianças na Turquia este mês, as primeiras vítimas fora do sudeste asiático e da China, bem como a descoberta de surtos em quintas do sudeste do país, fizeram reacender receios de que o H5N1 esteja a espalhar-se por todo o mundo.
Desde o seu reaparecimento em 2003 no sudeste asiático, o H5N1 causou já a morte de 80 pessoas e, segundo dados do Banco Mundial (BM), o potencial custo financeiro e económico de uma pandemia de gripe das aves poderá atingir 640 mil milhões de euros.
A maioria dos casos humanos de gripe das aves teve origem em episódios de contacto com aves infectadas, mas os especialistas receiam que o vírus possa com o tempo sofrer mutações que o tornem mais fácil de ser transmitido entre seres humanos RBV.
Fonte: Confagri
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