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Gripe das Aves: Patos de caça têm de ser confinados em 15 dias
2006-03-30

O Director-Geral de Veterinária anunciou ontem a obrigatoriedade de serem confinados, num prazo de 15 dias, os patos destinados à caça, para evitar o seu contacto com espécies selvagens, onde o sistema de vigilância detectou alguns vírus influenza.

Em conferência de imprensa, após uma reunião da Comissão de Acompanhamento (CA) da Gripe Aviária, Agrela Pinheiro avançou também os números mais recentes das análises efectuadas no âmbito da vigilância da gripe das aves, que ascendem a 3.964 desde o início do ano, não tendo sido registado casos do vírus H5N1, o mais patogénico.

A detecção de sub-tipos de vírus influenza A (o mesmo tipo a que pertence o vírus H5N1 da gripe das aves) em patos foi desvalorizada por Agrela Pinheiro.

O Director-Geral de Veterinária salientou que, uma vez que estas aves são o reservatório natural deste tipo de vírus, com o aumento da vigilância, e consequente crescimento no número de aves analisadas, era "perfeitamente expectável" esta situação.

Os vírus em causa - H1, H3, H6, H7 e H9 - foram encontrados em dez patos saudáveis, nas zonas de risco (onde há maior densidade de aves migratórias) e numa gaivota, tendo Agrela Pinheiro reiterado que, "em termos veterinários os vírus encontrados não têm qualquer importância" e que o seu registo resulta de uma "probabilidade estatística".

Agrela Pinheiro explicitou ainda que a decisão de decretar o isolamento dos patos destinados à caça resulta de uma tentativa de "minimizar os riscos" de contacto com espécies de patos selvagens, mas negou que a decisão tivesse algo a ver com os vírus encontrados.

"Com o fim da época da caça, pensámos que estas aves iam ser como um chamariz para os patos selvagens e não quisemos que isso acontecesse numa altura em que convém reduzir ao máximo todas as situações de risco", disse o Director-Geral.

De acordo com Agrela Pinheiro, a obrigatoriedade de confinar os animais teve início segunda-feira e deverá ser concluída em 15 dias.

São abrangidas por esta decisão as 19 explorações identificadas pela Direcção-Geral de Veterinária em todo o país com pelo menos 200 patos cada uma.

O cumprimento desta norma será posteriormente fiscalizado pela Direcção Geral das Florestas.

Neste momento, a medida não tem um prazo de duração, mas Agrela Pinheiro indicou que poderá estar em vigor até Outubro, altura em abre a época de caça, sendo então decidida a sua manutenção ou suspensão.

O Director-Geral de Veterinária não avançou também com um prazo para a conclusão do recenseamento das aves domésticas nacionais, para consumo ou outros fins, iniciada a 07 de Março, afirmando apenas que o encerramento do registo "será anunciado em breve".

A medida tem como objectivo traçar um quadro da localização das aves e identificar as várias espécies, para que seja possível actuar mais depressa em caso de suspeitas de infecção pelo vírus H5N1 da gripe das aves.

Aos jornalistas, Agrela Pinheiro deu conta de que "maioria" das aves domésticas já terá sido recenseada.

O Director-Geral de Veterinária manifestou ainda preocupação pela "diminuição do consumo de carne de aves sem fundamentação técnica ou científica para esse efeito" e assegurou que a vigilância face à progressão da estirpe mais patogénica da gripe das aves "está ao máximo".

"A vigilância ao nível de Portugal e dos outros países da União Europeia é elevadíssima" e "as medidas têm sido eficazes, porque se não era impossível ter a presença do H5N1 (em centenas de aves selvagens, como acontece na Alemanha) e ter (as aves de) produção sem problemas", exemplificou.

 

 

 

 

 

 



Fonte: Confagri

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