Estudos científicos demonstram os benefícios deste alimento e quantificam o benefício dos péptidos lácteos ao inibirem o sistema renina-angiotensina e proporcionarem moderados, mas sustentados decréscimos da pressão sanguínea.
Especialistas reconhecem que o leite e os derivados lácteos, convenientemente processados, podem proporcionar um efeito anti-hipertensão comparável, embora de forma mais ligeira, aos fármacos inibidores da enzima de conversão da angiotensina.
No estudo publicado no The British Journal of Nutrition, os autores declararam que os péptidos lácteos proporcionam uma diminuição da pressão arterial sistólica em indivíduos hipertensos, após alguns meses de consumo.
Os investigadores, dirigidos por Seiichi Mizuno (Tokio, Japón), realizaram um estudo, controlado com um placebo, em 131 voluntários que sofriam de hipertensão leve-moderada para investigar o efeito da caseína hidrolizada (principal proteína do leite), contendo os péptidos isoleucina–prolina–prolina (IPP) e valina–prolina–prolina (VPP).
Verificaram que os que consumiram uma dose de IPP e VPP equivalente a 1,8–3,6 mg experimentaram, ao fim de seis semanas, um decréscimo discreto, mas significativo (3-5 mmHg) da pressão arterial sistólica.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) avaliam que um decréscimo desta ordem é suficiente para diminuir em 15% o risco de ictus (apoplexia) e em 10% de isquemia coronária
Sabe-se que actualmente a hipertensão arterial ultrapassa a hipercolesterolemia e o tabagismo, como os principais factores de risco cardiovascular, sendo considerada a principal causa de morte em todo o mundo.
Fonte: consumaseguridad