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Animais sem controlo põem em risco a saúde pública
2006-04-13

Os Agrupamentos de Defesa Sanitária (ADS) do Distrito de Viseu vão receber, este ano, para erradicação da doença animal, "entre 30% a 40% menos dos valores obtidos em 2005", afirmou ontem Álvares de Carvalho, presidente da União dos ADS do Distrito de Viseu.

"Tudo isto com uma agravante as primeiras transferências de verbas, que deveriam ter ocorrido em Fevereiro, já registam um atraso de dois meses", acrescentou.

A recorrerem ao crédito, as organizações ameaçam com protestos de rua.

E vão avisando que o controlo da saúde animal pode estar em risco, a médio prazo, com repercussões graves na saúde pública dos consumidores de carne, leite, queijo e outros derivados de bovinos, caprinos e ovinos.

"Com o corte das verbas do Governo deixamos de ter condições financeiras para pagar aos veterinários que fazem a inspecção aos animais", resume Álvares de Carvalho.

O presidente da União das ADS do Distrito de Viseu aponta o dedo acusador à Direcção-Geral de Veterinária que ainda não homologou o projecto de Erradicação de Doenças de Origem Animal (brucelose, leucose e tuberculose) apresentado em Outubro de 2005.

"Vamos escrever ao ministro da Agricultura a lembrar que o despiste destas doenças é obrigatório na União Europeia, que o trabalho das ADS resulta de delegação de competências da tutela, que não nos limitámos a recolher amostras de sangue e que as estruturas no terreno, com encargos fixos elevados, foram implantadas em função de imposições do ministério", declarou Álvares de Carvalho.

"Não vamos, para já, parar a actividade.

Mas se o Ministério da Agricultura continuar a penalizar as regiões de minifúndio com cortes e atrasos no pagamento, vamos protestar para a rua", avisou António Lopes, da Associação de Criadores de Gado da Beira Alta.

Saúde em risco

Algumas das doenças que afectam os animais, casos da brucelose, leucose e tuberculose, são passíveis, segundo Álvares de Carvalho, de pôr em risco a saúde humana através do contacto directo com animais infectados ou ingestão da sua carne, leite e derivados.

O dirigente alerta para o perigo de produtos regionais de grande qualidade - casos do cabrito da Gralheira, bovinos da raça arouquesa, cabrito e queijo da Serra da Estrela - poder em mesmo estar em causa, "se o trabalho desenvolvido pelas ADS não mantiver o mesmo ritmo dos últimos tempos. E que tem resultado, de forma visível, na melhoria da qualidade dos produtos da cadeia alimentar



Fonte: Jornal de Notícias

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