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Detectada presença de benzeno em bebidas não alcoólicas
2006-04-17

Testar as bebidas não alcoólicas para verificar a influência das condições de armazenagem e transporte, será crucial para monitorizar a formação de benzeno nas diferentes bebidas.

Deixar as bebidas não alcoólicas, nomeadamente sumos, refrigerantes, entre outras, em condições de temperatura elevada, tais como a mala de um automóvel ou uma garagem, pode aumentar significativamente a possibilidade de formação de benzeno nas bebidas, referiu um cientista que testou os efeitos do calor e da luz nas bebidas não alcoólicas para a indústria em 1990.

Estudos recentes efectuados pelos inspectores das Agências para Segurança Alimentar do Reino Unido e dos Estados-Unidos, encontraram vestígios de benzeno acima dos valores limite permitidos para a água de consumo.

A  fonte suspeita foram dois ingredientes comuns: benzoato de sódio e ácido ascórbico (vitamina C)

O benzeno está classificado como sendo carcinogénico, apesar de ambas as autoridades terem referido que os níveis encontrados até à data nas bebidas não representam um risco imediato para a saúde.

No entanto, um cientista que ajudou a indústria de bebidas não alcoólicas a resolver o mesmo problema em 1990 salientou a importância de testar as bebidas após exposição à luz e ao calor.

“ As 38 bebidas que a Agência de Segurança Alimentar do Reino Unido testou e que acusaram a presença de benzeno quando expostas a fontes de calor e de luz, podem sofrer um aumento de cerca de 10 partes por bilião acima dos parâmetros da WHO (World Health Organization).

A Agência de Segurança Alimentar do Reino Unido não testou as bebidas não alcoólicas para benzeno após exposição ao calor,  apesar de um representante da Comissão Europeia ter referido que estão a ser agora preparadas novas linhas de orientação, pelos industriais deste tipo de bebidas, no que se refere aos testes da presença de benzeno e que deverão incluir “ testes prévios em que sejam simuladas as condições de armazenagem.

Testes realizados há aproximadamente 15 anos demonstraram que uma exposição a temperaturas de 30ºC e a luz UV durante várias horas foram suficientes para mais que triplicar os resíduos de benzeno em algumas bebidas.

Os testes foram efectuados de modo a simular o pior cenário possível e “ não foram necessariamente representativos daquilo que os consumidores recebem”, de acordo com a Food and Drug Administration dos EUA, que também fez parte das negociações com os produtores de bebidas não alcoólicas acerca do benzeno em 1990 e 1991.

A associação referiu que armazéns abafados e carros estacionados com incidência directa de luz solar foram exemplos de situações em que estas bebidas estão expostas ao calor.

“O calor é o factor mais influente ” na formação de benzeno nas bebidas não alcoólicas, informou Mike Redman, um cientista da Associação Americana de Bebidas e que também representou a indústria nas reuniões sobre o benzeno com a FDA em 1990.

Segundo Redman, as empresas de bebidas não alcoólicas reformularam a composição das bebidas em 1990, ajustando os níveis de benzoato de sódio e de ácido ascórbico, para reduzir e controlar o potencial de formação de vestígios de benzeno.

A continuação da presença de benzeno em algumas bebidas não alcoólicas tem levantado a questão sobre a necessidade de se retirar o benzoato de sódio da composição destas bebidas.

No decorrer destes novos desenvolvimentos relacionados com a presença de benzeno em bebidas não alcoólicas, uma firma americana de advogados anunciou no passado dia 11 de Abril, que iriam levar a tribunal duas empresa fabricantes de bebidas deste tipo, alegando que os testes efectuados em laboratórios mostraram que as bebidas estavam contaminadas com benzeno, acima dos limites de segurança americanos para a água de consumo.

Os advogados que processaram as duas empresas americanas evidenciaram testes laboratoriais independentes que demonstraram que uma das bebidas destas empresas continha teores de benzeno várias vezes superiores aos permitidos pela World Health Organization (WHO) para a água de consumo.

Foi sugerido que estes produtos fossem retirados do mercado.

Tanto a FDA e a Associação Americana das bebidas não alcoólicas têm conhecimento há 15 anos que pode haver formação de benzeno em bebidas que contenham benzoato de sódio e ácido ascórbico.

No entanto, nunca foi feito nenhum comunicado.

Até à data a FDA referiu que os níveis de benzeno encontrados nos recentes testes a bebidas não alcoólicas não constituem um risco imediato para a saúde dos consumidores.

A agência reabriu as suas investigações relacionadas com a presença de benzeno nestas bebidas no Outono passado, depois de ter conhecimento dos testes efectuados por laboratórios independentes.



Fonte: foodproductiondaily

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