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No âmbito do Plano Nacional de Controlo de Resíduos foi detectada, durante o ano de 2005, a presença de dioxinas em carne de frango, em quantidade superior à estabelecida por Regulamento Comunitário para aquele contaminante.
Neste contexto a Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) realizou a avaliação dos efeitos para a saúde humana do consumo de frango contaminado com níveis de dioxinas semelhantes aos detectados.
As dioxinas são compostos formados não intencionalmente, em processos que envolvem combustões a altas temperaturas, como é o caso da incineração de resíduos, incêndios e queimas, bem como diversas actividades industriais, nomeadamente cimenteiras, produção de energia e produção de PVC.
São praticamente insolúveis em água, pelo que tendem a acumular-se nas gorduras dos alimentos.
A exposição humana a dioxinas é feita maioritariamente através da alimentação, sendo as grandes fontes de dioxinas os produtos de origem animal, tais como carne, leite, ovos, peixe e seus derivados.
Os efeitos destes contaminantes para a saúde humana consistem em alterações no sistema imunológico, reprodutor e hormonal e são considerados cancerígenos pela Organização Mundial de Saúde.
Para as dioxinas, tal como para outros contaminantes químicos, estão definidas doses de ingestão admissíveis pela Organização Mundial de Saúde e por outras instituições internacionais.
É importante esclarecer e confirmar os factores de risco nas explorações (fonte de contaminação) de modo a serem tomadas as medidas preventivas necessárias.
O objectivo do estudo consiste na avaliação dos efeitos para a saúde humana do consumo de frango contaminado com níveis de dioxinas superiores aos limites máximos aconselhados, semelhantes aos valores detectados no programa de monitorização de dioxinas nos alimentos.
A avaliação preliminar, foi realizada com base em pressupostos dado não estarem disponíveis dados relativos quer aos padrões de consumo alimentar em Portugal, quer à distribuição de concentrações de dioxinas noutros alimentos.
Deste modo, para uma avaliação mais precisa da exposição humana, é necessário avaliar concentrações de dioxinas noutros alimentos.
Com base nos pressupostos utilizados, os níveis encontrados podem constituir motivo de preocupação atendendo que outras fontes de exposição deverão ser consideradas.
Desta forma, é recomendado esclarecer e confirmar os factores de risco nas explorações (fonte de contaminação) de modo a serem tomadas as medidas preventivas necessárias.
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Fonte: agenciaalimentar
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