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Gripe das Aves: DGS nega que Portugal esteja mal preparado
2006-04-21
 

A Direcção-Geral de Saúde nega que Portugal seja o país menos bem preparado da Europa para enfrentar uma eventual pandemia de gripe das aves.

Contrariamente ao que indica um estudo feito entre os 21 países europeus com planos nacionais de prevenção, publicado numa revista científica britânica.

O documento, intitulado "De que forma está preparada a Europa para uma pandemia de gripe? - Análise dos planos nacionais", foi realizado pelos cientistas Sandra Mounier-Jack e Richard J. Coker, do departamento de Saúde Pública da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres.

O documento foi feito a partir de dados disponíveis em Novembro de 2005, com base nos planos nacionais de luta contra uma possível pandemia.

Nos critérios analisados, Portugal ocupa o último lugar no que respeita ao planeamento e coordenação, intervenção da saúde pública, na resposta dos serviços de saúde e nos serviços essenciais necessários e o penúltimo na vigilância e na capacidade de colocar o plano em acção, ficando em todos abaixo dos cerca de 41 por cento.

Melhor classificação foi obtida na comunicação - cerca de 60 por cento - a única área temática que coloca o país no grupo intermédio.

Apesar das falhas apontadas no estudo, Richard J. Coker afirma que este estudo não quer dizer que Portugal não esteja preparado.

"Não dizemos que Portugal é o país pior preparado da União Europeia, o que dizemos é que há áreas em que pode haver melhorias", explica.

Reagindo a este estudo, a sub-directora-geral da Saúde Graça Freitas afirma que as conclusões do estudo foram reveladas tardiamente, e que já não reflecte a realidade portuguesa e relação aos planos de prevenção.

"Nós estamos a trabalhar muito depressa no plano de contingência e estamos de dia para dia a melhorar o plano genérico.

Nestes últimos seis meses tem sido feito um grande esforço de organização de serviços, de ter medicamentos que podem ajudar no caso de pandemia", garantiu a responsável.

Portugal no último lugar dos menos preparados

Segundo o estudo referido, Portugal ocupa o último lugar do grupo dos menos preparados, no que se refere à classificação da preparação dos países para a eventual chegada da doença entre os humanos, seguido da Polónia, Roménia, Lituânia, Letónia, Itália e República Checa, que obtiveram uma classificação de cerca de 38 por cento, menos 20 pontos percentuais que a média.

O grupo dos mais bem preparados, com uma classificação de 70 por cento, é liderado pela França, seguida da Alemanha, Irlanda, Holanda, Suécia, Suíça e Reino Unido.

O grupo intermédio das três categorias de países é constituído, por ordem decrescente, pela Áustria, Dinamarca, Estónia, Grécia, Noruega, Eslováquia e Espanha e obteve uma classificação de 53 por cento.

O estudo, publicado na versão "on-line" da revista britânica, realça também o facto de 20 dos 21 países analisados terem desenvolvido uma estratégia anti-viral (com diferentes níveis de detalhes), bem como uma estratégia de imunização para uma vacina, sendo que Portugal foi o único país a deixar o desenvolvimento de uma estratégia nestes campos para "uma fase posterior".

Em termos gerais, o estudo conclui que, embora a preparação em termos de vigilância, planeamento, coordenação e comunicação seja "boa", em Portugal falta a manutenção dos serviços essenciais, a capacidade de pôr os planos em acção e as intervenções da saúde pública são "provavelmente inadequadas".

O vírus da gripe das aves infectou 196 pessoas desde 2003, tendo conduzido à morte 110.



Fonte: TSF

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