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Indústria alimentar aguarda revisão sobre efeitos do aspartame
2006-04-28

A Autoridade de Segurança Alimentar (EFSA) anunciou ontem que irá publicar, dia 5 de Maio, a sua revisão do estudo sobre o aspartame, realizado pela Fundação Ramazzini, sedeada em Bolonha.

Os industriais alimentares aguardam ansiosamente esta publicação, que irá remeter para a aceitação ou rejeição dos resultados científicos deste estudo, que aponta para o risco de cancro associado ao aspartame.

Qualquer que seja a conclusão que venha a ser publicada, este estudo abalou a opinião dos consumidores no que se refere a este adoçante artificial.

Desde da sua data de publicação, à um ano, que se verificaram alterações no mercado, levando a que algumas empresas de bebidas e produtos alimentares deixassem de usar o aspartame nos seus produtos dietéticos.

A revisão do estudo por parte da EFSA começou igualmente no ano passado, após os investigadores responsáveis pelo estudo terem comunicado que a introdução de aspartame na alimentação de ratazanas, levou ao aumento de linfomas e leucemias nas fêmeas, quando expostas aos níveis que normalmente os humanos são expostos.

Um estudo mais recente por parte desta fundação publicado no mês passado, num jornal de saúde ambiental americano, encontrou uma ligação entre o consumo de aspartame a longo prazo por ratazanas e o cancro dos rins e nervos periféricos.

De acordo com este jornal “Os resultados desta experiência indicam que o aspartame é um multipotencial agente carcinogénico, mesmo considerando os casos de uma dose diária de 20 mg/kg de peso, que é uma quantidade muito inferior à permitida actualmente.

Tendo em consideração esta informação, torna-se urgente uma reavaliação das actuais linhas de orientação do uso e consumo de aspartame.”

Desde da descoberta do aspartame em 1965, que este tem sido fonte de controvérsia entre a comunidade científica e industrial, no que se refere aos efeitos que este ingrediente pode ou não ter na saúde.

Apesar de já terem sido efectuados diversos estudos sobre o aspartame, o estudo desenvolvido pela Fundação Ramazzini foi o primeiro estudo independente sobre o cancro realizado a longo prazo.

De acordo com Kathryn Knowles, porta-voz da Ramazzini, este estudo deveria ser uma lição para os industriais alimentares, uma vez que estes devem assegurar a qualidade dos seus produtos.

Desde da publicação do estudo que a maior empresa europeia de produção de aspartame anunciou que iria parar a produção deste adoçante nos últimos meses de 2006.

"O mercado global de aspartame está a enfrentar um excesso de stock, o que influenciou o preço do aspartame nos últimos 5 anos”, declarou a empresa europeia durante a comunicação da sua decisão.

A seguir à sacarina, o aspartame é o segundo adoçante artificial mais usado em todo o mundo.

Este aditivo está presente em mais de 6000 produtos, incluindo bebidas gasosas, chocolate quente, pastilhas elásticas, doces, sobremesas, iogurtes e alguns produtos farmacêuticos, tais como vitaminas e rebuçados para a tosse sem açúcar.

O  Aspartame Information Center estima que o adoçante é consumido por mais de 200 milhões de pessoas, por ano, em todo o mundo.

A utilização de aspartame foi autorizada pelos estados-membros da União Europeia nos anos oitenta.

A legislação europeia harmonizou o seu uso em produtos alimentares em 1994, seguindo as avaliações de segurança realizadas em 1984, 1987 e 1988.

Posteriormente, em 2002, foi realizada, pela autoridade competente, uma revisão de toda a informação relacionada com o aspartame.

Muitas associações relacionadas com a indústria alimentar, desmentiram o estudo realizado pela Ramazzini, pondo em questão a credibilidade científica dos procedimentos usados.

Segundo um analista de mercado, o mercado de adoçantes está preparado para um aumento de 8,3%/ano até 2008, aumento este consideravelmente superior ao crescimento actual na indústria de ingredientes, de 3 a 4%.



Fonte: foodproductiondaily

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