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DGV: Maioria dos Portugueses Já Declarou Aves Domésticas
2006-05-12

Agrela Pinheiro, director-geral de Veterinária, mostrou-se ontem convencido de que "a grande maioria das explorações" de aves domésticas de Portugal estão já declaradas, a dez dias do fim do prazo estipulado para o efeito.

Os proprietários de aves domésticas (à excepção daquelas que não tenham possibilidade de contactar com outras) estão desde 7 de Março obrigados a declarar os seus animais, no âmbito do programa de prevenção contra a gripe aviaria.

O responsável estimou que tenham já sido feitas "centenas de milhares de declarações", relativas a freguesias de todo o país.

O presidente da Comissão de Acompanhamento da Gripe das Aves referiu também que "é um número muito grande que já está declarado e introduzido na base de dados. Temos a expectativa de que a grande maioria das explorações esteja declarada, o que nos permite ter um conhecimento muito maior no caso de existir um problema e termos de fazer uma intervenção".

Os proprietários que não o fizerem até ao próximo dia 21, além dos potenciais riscos para a saúde, "incorrem em penalizações e em nunca poderem invocar o direito de serem indemnizados pelo abate compulsivo dessas aves em caso de necessidade", alertou.

Agrela Pinheiro lembrou ainda que o vírus H5N1 da gripe das aves ainda não é pandémico, por não se transmitir entre seres humanos, no entanto "tem potencial para o ser", caso sofra "recombinações ou mutações".

Por outro lado, para que uma pessoa seja infectada, tem que contactar com o H5N1 "em espaços fechados e com cargas virais grandes".

No que respeita à possibilidade da chegada do vírus a Portugal, o director-geral de Veterinária considerou que "a vigilância é a primeira arma" que permitirá precocemente detectar a sua existência.

Afirmou ainda que "Portugal tem os instrumentos que a União Europeia determina a todos os Estados-Membros, um nível de amostragem grande [de aves] e a consciência da própria população portuguesa para o problema é positiva. Portanto, vamos ter confiança de que se o problema aparecer o conseguiremos resolver".

Este ano, as mais de mil amostras de aves selvagens analisadas foram negativas à presença do vírus da gripe das aves. Foram encontrados outros vírus, mas "de baixa patogenicidade" (H1, H6, H7 e H9) em patos e gaivotas, o que Agrela Pinheiro considera normal, porque se aumentou a amostragem.

Na sua opinião, o que deve preocupar Portugal é ter "um plano de contingência que funciona" até porque, ainda que admita ser difícil fazer previsões, "há um risco acrescido no Outono/Inverno, face ao regresso das aves migratórias que foram para a América do Norte".

"Se isso acontecer [a entrada em Portugal da gripe das aves] não é nenhum drama, é preciso é actuar com rapidez", garantiu o responsável.



Fonte: Lusa

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