A indústria agro-alimentar e os parceiros a montante e a juzante do sector, consideram que devem ser os próprios agentes económicos da área a auto-regularem-se no que toca à defesa de uma alimentação saudável.
A conclusão, da responsabilidade da FIPA, tendo por base o estudo "A Indústria Alimentar e os Estilos de Vida Saudáveis - a percepção das partes interessadas" difere da opinião de "alguns actores institucionais", que pretendem "que o Estado assuma uma maior regulamentação".
De qualquer das formas, aquela Federação avança que a generalidade dos intervenientes "aguarda a implementação de uma acção concertada", a desenvolver "rapidamente".
No âmbito do projecto "Vitalidade XXI - A Indústria Alimentar por uma Vida Saudável", a FIPA iniciou, em 2005, um levantamento das boas práticas da indústria portuguesa no que se refere "à promoção de estilos de vida saudável", a concluir este ano.
Com o objectivo de avaliar as preocupações dos vários intervenientes, a FIPA decidiu realizar, paralelamente, uma consulta às partes interessadas, da indústria até aos media, passando pelos consumidores, profissões médicas e anunciantes.
É a partir dessa consulta que a FIPA conclui agora que "não existe uma comunicação sectorial sistemática que valorize" o património de boas práticas do sector, pouco conhecido mesmo "pelos próprios profissionais da indústria e outras partes interessadas".
"Existe", em geral, "a percepção de que o sector alimentar poderia melhorar a sua comunicação", esclarecendo melhor os consumidores, "nomeadamente quando a publicidade é dirigida a cianças", reconhece a análise.
A FIPA considera contudo que aquele património é "suficientemente significativo" para "fazer parte da solução", defendendo acima de tudo que é grande a "sensibilidade" de todos para a problemática da "obesidade e problemas ou doenças relacionadas com os estilos de vida", sublinhando todavia que estes derivam de "problemas multifactoriais".
Fonte: Anil