Em algumas ruas e mercearias de bairro um pouco por todo o país vendem-se, ilegalmente, ovos sem controlo sanitário, identificação ou prazo de validade; uma realidade que representa um perigo para a saúde dos consumidores.
De acordo com Barreto Dias, vice-presidente e director científico da Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE), existem «riscos acrescidos, comparativamente aos ovos inspeccionados, por causa do tipo de exploração e falta de cuidados de higiene».
O argumento é corroborado por Mário Durval, dirigente da Associação Portuguesa de Médicos de Saúde Pública (APMSP), que alerta para eventuais doenças como gastroenterites, salmonelas e intoxicações alimentares.
«Todos os ovos que não têm vigilância sanitária representam um risco para a saúde. Quem os vende não os pode vender. Quem os compra corre os riscos», sublinhou.
Também o responsável da ASAE reforçou que «a conservação de géneros alimentícios vendidos na rua fica sempre aquém do aconselhável, principalmente se estivermos a falar de ovos, como os que são vendidos em feiras e mercados, à torreira do sol».
É que, de acordo com o médico Mário Durval, o calor aumenta a possibilidade de proliferação de bactérias no interior do ovo, que é normalmente usado como «meio de cultura para a reprodução de microrganismos».
Fonte: Confagri