Os consumidores europeus apostam cada vez mais em provar sabores novos.
Os consumidores europeus exigem cada vez mais a disponibilidade de maior variedade de alimentos durante todo o ano.
Na União Europeia este aumento das necessidades de produtos exóticos reflecte-se sobre todos os produtores alimentares, que tentam adequar-se cada vez mais às exigências do mercado.
Um destes sectores é a panificação, que começou por introduzir nos seus produtos frutas provenientes de zonas tropicais, especialmente da América do Sul e da Ásia.
Durante o ano de 2005, um total de 81 produtos continham frutos exóticos na UE.
A introdução no sector da panificação de variedades de fruta como o coco, manga ou papaia têm caminhado a par e passo com o aumento das exigências do consumidor face a este tipo de produtos.
As romãs, por exemplo, contêm polifenóis, substâncias às quais se atribuem potenciais efeitos para a prevenção de certos tipos de cancro e da pressão arterial.
A nutrição preocupa cada vez mais o consumidor, preocupado cada vez mais por obter produtos saudáveis.
Mercado exótico
Um dos produtos que tem vindo a ser mais consumido é o chá, está previsto que suceda o mesmo que se passou com o vinho, o café e o chocolate, cujo consumo aumentou graças a valorizações positivas que inúmeros estudos científicos lhes atribuíram, como benefícios para a saúde.
Ao chá verde e preto, une-se agora o chá branco, com uma concentração mais elevada de antioxidantes e menos cafeína que os dois anteriores.
Os denominados “alimentos da moda”, como tapas mexicanas e tailandesas, começam a fazer parte integrante da vida quotidiana dos consumidores europeus.
Em 2005, 81 novos produtos que continham frutos exóticos foram introduzidos na Europa, alguns deles continham manga, coco e papaia.
No total, foram exportados mais de 4.000 toneladas de produtos exóticos para países como a Holanda, Bélgica, Alemanha, Espanha, França, Itália e Portugal.
Fruta índia
Os fabricantes europeus têm o acesso cada vez mais facilitado ao Açaí, fruta oriunda do Brasil e que começou a ser introduzida de forma significativa no mercado europeu.
Esta fruta, com um aspecto similar à uva, tem sido parte integrante da história da dieta de tribos índias que a denominam como «içá-içá» (a fruta que chora).
Ficou demonstrado que tem efeitos antioxidantes e que contem elevados níveis de pigmentos aos quais se atribui um papel importante na prevenção da degeneração de células de órgãos em mamíferos e humanos, segundo estudos realizados por investigadores da Universidade do Estado de Ohio (EUA).
Actualmente esta fruta é comercializada na Nova Zelândia, Austrália, América do Sul, Japão, EUA e Médio Oriente.
O principal produto que se extrai deste fruto é uma bebida de consistência pastosa, com elevado teor de pectina, principal componente da parede celular dos vegetais e frutas e é utilizada na indústria alimentar em combinação com os açúcares como um agente espessante.
Fonte: ConsumaSeguridad