Estudo recomenda que se retire dos bares escolares alimentos prejudiciais
Um estudo de uma equipa de Nutrição e Alimentação recomenda ao Ministério da Educação que retire alimentos prejudiciais à saúde das escolas.
Se o Governo seguir as orientações dos nutricionistas, batatas fritas, refrigerantes sem fruta e alguns salgados poderão ser eliminados dos bares e das máquinas de distribuição de alimentos nos estabelecimentos de ensino.
De acordo com a proposta da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, alimentos como batatas fritas, tiras de milho (aperitivos), rissóis, croquetes, folhados ou sumos com menos de 50% de fruta não deverão estar disponíveis nos bares e nas máquinas de venda automática das escolas.Bela Franchini, especialista em nutrição, garante que o grande problema da alimentação nas escolas está nos bares e nas máquinas de venda automática de alimentos. Por essa razão, a proposta vai no sentido destes locais não disponibilizarem alimentos que têm essencialmente gordura e são muito pobres em proteína.Paralelamente, e em substituição destes alimentos ricos em gordura, os bares e máquinas de venda automática deverão promover a venda de alimentos como leite, iogurtes, sumos com mais de 50% de fruta, batidos de fruta, pão de mistura, fruta e sandes de queijo ou fiambre de aves.Os chocolates a que os estudantes deverão ter acesso por estes meios são os que contêm mais cacau, mais leite e menos açúcar.O grande objectivo destas medidas, que poderão ser aplicadas nas escolas do segundo e terceiro ciclos, é diminuir o consumo de gorduras e açúcares simples, que facilmente se encontram nos produtos vendidos pelas máquinas de distribuição automática.Em 2010, cerca de 26 milhões de jovens da União Europeia deverão sofrer de excesso de peso ou obesidade, segundo este estudo.Dados da Comissão Europeia, divulgados em 2005, indicam que Portugal está entre os países europeus com maior número de crianças com excesso de peso, assim como Malta, Espanha e Itália.
Fonte: Lusa e SICOnline