A Universidade de Oxford publicou um trabalho científico no qual explica a forma como o vírus H5N1 ataca o corpo humano e muitas vezes resulta na morte, adiantando razões para a gripe das aves ser mais mortal do que as restantes gripes.
De acordo com o trabalho científico desenvolvido, a gripe das aves desencadeia respostas inflamatórias massivas: dos 241 casos humanos da doença, desde 2003, mais de metade morreram. Determinou-se que os pacientes infectados com H5N1 tinham cargas virais maiores alojadas na garganta do que os pacientes infectados com outras gripes.
Verificou-se ainda que os indicadores de cargas virais eram mais elevados em pacientes de H5N1 que acabaram por morrer. As vítimas mortais apresentaram também a presença do vírus na corrente sanguínea.
A presença de altos níveis de H5N1 conduz à libertação de proteínas que deveriam controlar a resposta do corpo a uma infecção. De facto, os pacientes com maiores níveis destas proteínas eram aqueles com maiores cargas virais e, nos casos mortais, a doença associou-se também à perda de linfócitos, ou seja, glóbulos brancos.
Neste contexto, os cientistas voltaram a defender a administração de medicamentos anti-virais com o objectivo de reduzir a quantidade de vírus nos sistemas dos pacientes.
A investigação britânica sugere que são estes factores que, em última análise, conduzem à danificação dos pulmões dos pacientes, o que, em muitos casos, resulta na morte.
Fonte: BBC e Confagri