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Pandemia: Autoridades de saúde preparam resposta
2006-09-22

 Portugal à espera da gripe das aves.

Gripe das aves já foi registada em Espanha. Portugal prepara chegada da pandemia humana e ultima pormenores.

À luz da evidência científica, haverá uma pandemia humana de gripe das aves. Não se sabe é se em seis meses ou em seis anos”, disse ontem o director-geral de Saúde, Francisco George, garantindo que “a maioria das unidades de saúde já tem planos de contingência para uma pandemia de gripe que atinja Portugal”.

Estes planos de contingência incluem uma reserva estatal de 2,5 milhões de tratamentos do antiviral mundialmente recomendado, a substância activa Osetalmivir (mais conhecido pelo nome comercial Tamiflu), em local que Francisco George se recusa a indicar, por razões de segurança.

Apesar de se revelar confiante “na capacidade de resposta portuguesa”, Francisco George admitiu que “os planos de contingência podem e devem ser aperfeiçoados” consoante a evolução da pandemia, respectiva gravidade e velocidade de infecção.

Nas suas palavras, “é ainda hoje impossível prever” o impacto da pandemia em Portugal.

Daí a realização de encontros como o Fórum Regional de Gripe, que ontem e hoje reúne mais de 400 profissionais de saúde em Coimbra.

Dúvidas dos hospitais

O director do Serviço de Epidemiologia dos Hospitais Universitários de Coimbra (HUC) expressou dúvidas quanto à capacidade de resposta e área de influência de cada hospital.

Em especial, Saraiva Cunha alertou para a escassez de camas existentes na área dos HUC (cinco enfermarias, num total de 29 camas), para uma necessidade de mil internamentos no Centro do País.

Este número, equivalente a 500 camas por milhão de habitantes, corresponde ao grau 6 da pandemia, segundo a Organização Mundial de Saúde.

Portugal está na fase 3 de alerta.

Apesar das dúvidas, Francisco George não se manifestou muito preocupado, defendendo ser “para isto que servem os encontros”: para “limar as arestas” dos planos de contingência, os quais, nas suas palavras, “nunca estarão definitivamente concluídos”.

O director-geral de Saúde adianta que “é, infelizmente, impossível antecipar quais as áreas mais atingidas, o percurso da pandemia e a velocidade de propagação”.

Por isso, “as medidas terão de ser diferentes, consoante o impacto da doença”.

Ao contrário de outras doenças, como a cólera ou o Ébola, a gripe das aves “evolui lentamente”, o que permite uma “afinação final”, garante o especialista.

Simulacro na fronteira com Espanha

Portugal e Espanha vão simular o aparecimento, num ser humano, de um caso de vírus da gripe das aves em zona fronteiriça, como forma de avaliar os planos de contingência de cada um dos dois países, adiantou ontem a Direcção-Geral de Saúde, dirigida por Francisco George e responsável pela parte portuguesa do simulacro.

Segundo Ana Cristina Garcia, a especialista responsável pela organização, a simulação ainda não tem data marcada.

O dia deverá ser acordado em encontro que se realiza no próximo fim-de-semana, 28 e 29 de Setembro, em Mérida (Espanha), entre elementos das direcções- -gerais de Saúde dos dois países.

Além da data, serão definidos pormenores do simulacro.

INSTRUMENTOS

Preço

Há muito esgotado nas farmácias, o Tamiflu, medicamento que contém o Oseltamivir, tem o custo de 25,17 euros por caixa de dez unidades a 75 miligramas (adultos) ou frascos de solução oral (crianças).

Tratamentos

São cerca de 2,5 milhões os tratamentos assegurados pelas doses existentes em Portugal de Oseltamivir, o antiviral recomendado para o tratamento de uma eventual infecção humana pelo vírus da gripe das aves (H5N1).

Máscaras e luvas

Em caso de pandemia, e além do Oseltamivir, as unidades de saúde já dispõem de máscaras, luvas e aventais para prevenir contágios.



Fonte: Correio da Manhã

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