Refeições sem higiene e estabelecimentos sem licença.
Os inspectores detectaram falhas na maioria dos locais visitados.
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu o fornecimento de refeições por parte de um lar de idosos de Lisboa a várias escolas do concelho de Torres Vedras, na sequência de uma inspecção a 44 infantários e lares de todo o País.
A operação detectou falhas de higiene e segurança alimentar em 37 instituições.
Da vistoria resultou a instauração de dois processos-crime.
Um referente ao abate clandestino de porcos, na região Centro, cuja carne foi encontrada nos refeitórios das instituições visitadas.
O outro respeitante a 350 quilos de bacalhau estragado apreendidos num lar do Alentejo.
A inspecção decorreu terça-feira e dela resultaram ainda 35 processos de contra-ordenação.
As coimas variam dos 50 aos 43 mil euros.
Infracções
Entre as infracções que estão na origem das contra-ordenações, destaque para a falta de higiene, de condições técnico-funcionais e falta de controlo de pragas e de redes mosquiteiras.
Há ainda a registar casos de congelação incorrecta.
Algumas instituições não estavam licenciadas.
A operação envolveu 30 brigadas da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).
Visava inspeccionar as regras de segurança, higiene e qualidade dos géneros alimentícios dos serviços de fornecimento de refeições de lares e infantários.
A elevada taxa de incumprimento detectada leva a ASAE a prometer multiplicar estas acções.
Operação em matadouros
A ASAE deu ontem a conhecer uma segunda inspecção, realizada na semana passada, a matadouros e estabelecimentos de fabrico de enchidos.
A operação visou 84 estabelecimentos em todo o País, metade dos quais estava em infracção.
Estiveram no terreno 51 brigadas e foram instaurados 44 processos de contra-ordenação devido, sobretudo, à falta de higiene, falta de rotulagem de carne bovina e de marca de identificação.
Detectaram-se também vários estabelecimentos sem licenciamento e falta de registos de entrada ou saída de carne bovina.
Fonte: Correio da Manhã