Um projecto em curso nos Açores, na área da biotecnologia, poderá permitir o aparecimento, de novos tipos de queijo livres de uma bactéria prejudicial para a saúde humana, anunciou o investigador universitário, José Marcelino Kongo.
Que adiantou que nos ensaios laboratoriais realizados na Universidade dos Açores foi possível demonstrar que o método em estudo tem a particularidade de impedir o desenvolvimento da bactéria “Listeria monocytogenes”.
Trata-se de uma bactéria que pode chegar a causar meningites ou abortos e mulheres que consumam alimentos contaminados.
Nas investigações desenvolvidas desde 2000, no âmbito da sua tese de doutoramento, “foi possível encontrar algumas estirpes capazes de produzir antibióticos naturais para eliminar a Listeria”, explicou José Marcelino Kongo.
Salientou ainda que esta bactéria tem trazido “alguns problemas” à exportação de produtos regionais. “Sabemos que esta bactéria tem trazido, aliás, alguns problemas” à comercialização dos produtos no exterior, salientou o investigador, ao apontar o caso do queijo de São Jorge, com dificuldade em ser exportado para os Estados Unidos.
Ensaios de outros produtos vão realizar-se em Abril ou Maio de 2007 e, caso os resultados sejam positivos, poderão representar um avanço para a produção industrial de queijos e outros produtos lácteos de qualidade e com a garantia de “uma maior segurança alimentar”.
Fonte:Anil