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Higiene e segurança alimentar em debate
2006-11-02

A produção e venda de alimentos seguros permitem proteger a saúde dos consumidores e manter a reputação dos estabelecimentos.

A formação é essencial para que os operadores sigam as normas estabelecidas e, assim, atribuir o bom nome à casa que lideram.

A Associação Comercial tem, então, levado a cabo acções, no sentido de elucidar os comerciantes dos concelhos de Oliveira de Azeméis e Vale de Cambra.

A Associação Comercial dos Concelhos de Oliveira de Azeméis e Vale de Cambra organizou, na passada quinta-feira, um seminário, subordinado ao tema ‘Higiene e Segurança Alimentar’. Franquelim Marques, presidente deste organismo, referiu que este tipo de iniciativas permite “criar condições para que os comerciantes fiquem informados acerca da lei e da melhor gestão a adoptar na empresa que gerem”.

Na realidade, este “assunto é muito pertinente, porque somos todos consumidores e ficamos, muitas vezes, nas mãos das pessoas que possuem estabelecimentos, cujos produtos exigem um controlo apertado”, concluiu Franquelim Marques.

Rigor e inocuidade nos serviços

Pela Biostrument, Rui Barros, consultor e formador na área de Higiene e Segurança Alimentar, lembrou que “a participação de intoxicações alimentares são diárias”.

E, de facto, “por vezes, a abertura de um estabelecimento constitui um projecto de vida, mas, de um momento para o outro, pode estar condenado se houver provas de uma intoxicação alimentar”.

Desta forma, perante as situações dramáticas que se têm vindo a constatar, é premente que todos os estabelecimentos da área alimentícia se norteiem através do HACCP, cujo sistema está sustentado na aplicação de princípios técnicos e científicos na produção e manuseamento dos alimentos desde o campo até à mesa do consumidor.

Segundo o engenheiro, o HACCP “não é um manual com todos os conhecimentos, mas sim um regulamento que deve ser adequado a cada estabelecimento”.

Os princípios deste processo são aplicáveis a todas as fases da produção de alimentos, incluindo a agricultura básica, a pecuária, a industrialização e manipulação dos alimentos, os serviços de alimentação colectiva, os sistemas de distribuição e manuseamento e a utilização do alimento pelo consumidor.

Alimentos seguros para o consumidor

Rui Barros alertou no sentido de que cada casa comercial manter “elevados padrões de higiene pessoal, bem como cozinhar os alimentos correctamente, acondicioná-los a temperaturas correctas, evitar a contaminação cruzada e manter as instalações/equipamentos limpos”.

No entanto, “as pessoas têm hábitos adquiridos”, sentindo-se reticentes relativamente às novas realidades que têm surgido.

E, aliás, “a lógica associada à cadeia alimentar modificou-se muito nestes últimos 20 anos”, salientou o engenheiro.

Tipos de contaminação

Rui Barros advertiu que existem várias formas de contaminação, tanto ao nível físico, como químico e biológico.

O verniz, os insectos, as limalhas de palha-de-aço, os resíduos de detergentes e, ainda, as bactérias, os parasitas e os fungos foram alguns dos exemplos apresentados.

Além disso, a temperatura, a água, o pH e os nutrientes são os factores que influenciam o desenvolvimento de microrganismos nocivos para o ser humano.

Assim, como forma de evitar problemas, os operadores ligados à área alimentar deverão “armazenar os alimentos crus e alimentos confeccionados separadamente, lavar as mãos após manipular alimentos crus e utilizar utensílios diferentes para alimentos crus e alimentos confeccionados”.

Normas a adoptar

Os manipuladores de alimentos devem utilizar touca e vestuário limpo e adequado ao trabalho que desempenham, manter as unhas curtas, limpas e sem verniz, e lavar as mãos com frequência, pois são, talvez, as principais transmissoras de microrganismos.

Quanto às instalações, estas devem estar em bom estado de limpeza e conservação, bem como permitir a ‘marcha em frente’, evitando o cruzamento de circuitos.

A separação entre a copa limpa e a copa suja é uma das normas a respeitar.

Ainda referente às instalações, os seus equipamentos, superfícies e utensílios devem ser protegidos quando não utilizados e limpos, e desinfectados após cada utilização.



Fonte: Correio de Azeméis

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