A Associação Nacional de Caprinicultores de Raça Serrana (Ancras) lamentou a permanência de métodos rudimentares na ordenha em Trás-os-Montes.
A falta de adesão a novas tecnologias põe em causa a limpeza, a higiene e a qualidade dos produtos.
Dos cerca de 170 associados desta entidade, apenas 25 adquiriram uma plataforma destinada à ordenha das cabras e outros três optaram pela ordenha mecânica. Todos os outros continuam a retirar o leite manualmente.
O incentivo à posta em novas tecnologias é um dos objectivos da associação, assim como a melhoria das condições dos abrigos e da forma de ordenhar, no sentido de existir mais higiene e limpeza na recolha do leite.
A Ancras lançou há quatro anos, em parceria com a Escola Superior Agrária de Bragança, um projecto de estudo das condições das explorações da região, experimentando e demonstrando novos equipamentos, divulgando técnicas e formando os produtores.
No entanto, apesar da necessidade de se continuar com este tipo de acções, o projecto não conseguiu, este ano, financiamento comunitário.
Por isso, muito do leite produzido em Trás-os-Montes continua a ficar nas explorações por não obedecer aos parâmetros de qualidade necessários.
O professor José Carlos Barbosa, da Escola Superior Agrária de Bragança, veio garantir que, apesar das deficientes condições registadas, todo o leite e queijo que entram no mercado têm qualidade garantida.
Fonte: Confagri