O proprietário de um restaurante de Angeja, concelho de Albergaria-a-Velha, foi ontem, de manhã, detido por agentes da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), depois de ter sido comprovado que abatia clandestinamente os leitões que servia às refeições.

Por essa razão, 13 animais, com um valor estimado de 1800 euros, foram também confiscados.

A operação da ASAE destinou-se a fiscalizar vários pontos suspeitos das regiões de consumo de leitão em restaurantes, nomeadamente a Bairrada, Anadia e Albergaria.

A acção foi desencadeada logo pela manhã e a irregularidade detectada em Angeja foi a de maior gravidade.

Os leitões apreendidos não apresentam indícios de qualquer anomalia, pelo que a saúde pública, particularmente a dos clientes deste restaurante, não correrá risco evidente.

A confirmação deste facto, no entanto, só será determinada após exame pericial, o que só hoje se deve verificar.

A directora regional do Centro da ASAE, Margarida Basto, confirmou ontem, antes da peritagem do veterinário, o crime detectado é mais de carácter económico – indiciando fuga ao pagamento de taxas (ao matadouro) e de impostos (à fazenda pública) – do que de saúde pública.

“O restaurante em causa procedia ao abate ilegal dos leitões. Não havendo selo de salubridade, não há garantia de que estejam assegurados os cuidados de higiene e salubridade. Aparentemente, estamos diante de uma ilegalidade que poderá estar mais relacionada com o crime económico”, disse a responsável.

O crime em causa poderá acarretar uma pena de prisão ou conversão em multa, mas só hoje o arguido será levado ao juiz de instrução.

A partir daí, ou haverá processo sumário ou o proprietário do restaurante desencadeia os mecanismos de uma defesa em tribunal – que poderá ilibá-lo ou puni-lo com acrescida severidade.

Apesar da detenção do dono, o restaurante de Angeja permaneceu de portas abertas durante o dia de ontem, uma vez que os fiscais da ASAE entenderam que “não estava em causa a saúde dos clientes”, como esclareceu a directora regional do centro, Margarida Basto.

Fonte: Correio da Manhã

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