Um grupo de universitários britânicos desenvolveu um teste que permite determinar a potabilidade da água ao detectar a presença de arsénio.
Este sistema, que pode ser utilizado directamente pelos consumidores, poderia ajudar milhões de pessoas no mundo que sofrem com poços contaminados com essa substância tóxica.
O teste desenvolvido pelos estudantes da Universidade de Edimburgo (Escócia) utiliza uma variante modificada da bactéria E.Coli para detectar a contaminação na água sem a necessidade de análise em laboratórios, já que a presença de arsénio é indicada com um simples código de cores vermelho e azul.
Essa variante da E.Coli tem um gene dedicado à decomposição da lactose que está vinculada a outra capaz de detectar o arsénio, o que faz com que, quando a bactéria entra em contacto com o metal, solte um ácido associado com a decomposição da lactose que altera o «ph» da água e permite o uso do sistema de cores.
Alistair Elfick, um dos directores do projecto, explicou que, numa mesma zona, «nem todos os poços estão contaminados», enquanto o grau de contaminação de cada fonte pode variar ao longo do tempo.
O projecto dos universitários, que actualmente procuram financiamento para fazer mais experiências neste terreno, conquistou este mês, em Boston, o prémio de Melhor aplicação no mundo real, na prestigiada competição internacional de Maquinaria de engenharia genética.
Fonte: Diario Digital