25 de Novembro de 2025
Test-Drive
Test-drive
Experimente grátis!
Notícias
Newsletter
Notícias
Proibição de gorduras nos restaurantes divide opiniões
2006-12-20

A proibição, em Portugal, do uso de gorduras saturadas, como as margarinas, na alimentação dos restaurantes, recentemente aprovada nos Estados Unidos, é desajustada, segundo o sector da restauração, mas ajuda a prevenir doenças cardiovasculares, defendem médicos.

Há duas semanas, os serviços de saúde de Nova Iorque decidiram interditar, em todos os restaurantes da cidade (cerca de 24.000), o uso de gorduras saturadas, em particular margarinas e óleos de origem animal usados na fritura e preparação de certos alimentos.

As gorduras saturadas são consideradas, pelos especialistas, as mais nocivas para a saúde, já que elevam os níveis de colesterol no sangue, agravando os riscos de doenças cardiovasculares.

A medida começará a ser aplicada, faseadamente, a partir de Julho do próximo ano, generalizando-se a todos os restaurantes nova-iorquinos em Julho de 2008 .

Se tal medida seria aceitável ou desejável em Portugal, a responsável pelo Departamento de Comunicação da Associação de Restauração e Similares de Portugal (ARESP), Paula Amador, afirmou que «não faz sentido» criar uma normativa desse teor, uma vez que as gastronomias portuguesa e norte-americana «são realidades completamente diferentes».

«A gastronomia americana caracteriza-se pela pouca diversidade. A nossa é condimentada, composta naturalmente por gorduras, mas é muito rica, variada», salientou, sustentando ser antes «fundamental» a adopção, por parte dos chefes de cozinha e cozinheiros, de «boas práticas» na confecção de refeições.

A redução do uso de sal, a fritura de alimentos com óleos depurados e a elaboração de pratos com mais azeite, em vez de gorduras menos saudáveis, são exemplos de algumas dessas «boas práticas», de acordo com a ARESP.

Paula Amador referiu que as boas práticas gastronómicas são ensinadas nos cursos profissionais e acções de formação mas reconheceu que nem todos os restaurantes as assumem.

Para o presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, Manuel Carrageta, a medida aprovada nos Estados Unidos «é altamente positiva para a saúde da população», pois, de outro modo, «essas gorduras vão subir o colesterol no sangue, que provoca doenças cardiovasculares».

O cardiologista crê que, «mais cedo ou mais tarde», a normativa «tende a ser aplicada em Portugal, desde que com prazos para permitir à indústria alimentar e restaurantes se adaptarem».

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em Portugal.

l



Fonte: Diário Digital

» Enviar a amigo

Qualfood - Base de dados de Qualidade e Segurança Alimentar
Copyright © 2003-2025 IDQ - Inovação, Desenvolvimento e Qualidade, Lda.