O professor Agostinho Carvalho, da Escola Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz, está a desenvolver um estudo científico sobre os compostos químicos das maçãs regionais da Beira, pretendendo provar que estas têm efeitos beneficiais para a saúde.
O estudo, cujos resultados deverão ser divulgados no final deste ano, baseia-se na comparação entre maçãs regionais e maçãs exóticas.
Já se sabia que as variedades regionais são mais ricas em polifenóis e fibras, sendo o objectivo, agora, estudar os compostos químicos das maçãs.
Estão em análise as maçãs Bravo de Esmolfe, Malápio de Gouveia e Camoesa. Agostinho de Carvalho aposta, principalmente na Malápio de Gouveia, que considera ter uma mais-valia.
O estudo prevê a experimentação em ratos e depois em humanos, no sentido de recolher dados válidos sobre as maçãs, como o gosto, o calibre e os efeitos positivos na saúde.
Pretende-se utilizar os resultados para potenciar as vendas das maçãs regionais e também para incentivar o desenvolvimento rural.
«É necessário fazer avanços e investir. Se se conseguir provar que estão em causa alimentos funcionais, os resultados têm uma importância enorme», afirmou Agostinho de Carvalho.
Na opinião deste especialista, o estudo contribuirá também para a reabilitação da agricultura, um sector que entende estar em crise há vários anos.
Fonte: Confagri