26 de Novembro de 2025
Test-Drive
Test-drive
Experimente grátis!
Notícias
Newsletter
Notícias
Novas regras de transporte de animais
2007-01-12

As associações dos criadores de ovinos e bovinos do Alentejo garantem que as novas regras europeias para o transporte de animais contribuem para a segurança alimentar, mas alertam que o expectável aumento de custos deverá ser apoiado.

“São regras que temos de adoptar, mas que deverão ser comparticipadas por todos, até pelo próprio consumidor, porque obviamente os custos de produção vão aumentar”, frisou Manuel Castro e Brito, presidente da Associação de Criadores de Ovinos do Sul (ACOS).

As novas regras definem, por exemplo, que os veículos que transportem animais vivos, por um período mínimo de oito horas, terão de ser alterados e aprovados oficialmente.

Passa a ser obrigatório nestes veículos a instalação de sistemas de localização por satélite e de navegação, os registos das viagens terão que ser conservados durante três anos e os condutores e tratadores de animais deverão ter treino específico, além de um certificado a partir do próximo ano.

A nova regulamentação prevê ainda a climatização adequada aos animais transportados nos camiões e nos navios nos períodos de viagem longos (mais de oito horas).

“Os produtores e os consumidores têm que ter a garantia que os animais circulam em condições sanitárias, para evitar a propagação de doenças. E, por outro lado, os animais também têm direito ao seu bem-estar”, argumentou o presidente ACOS.

As novas condições, segundo o responsável da ACOS, cujos associados possuem um total de 350 mil ovelhas e 80 mil vacas reprodutoras, em que 80% do efectivo é destinado ao abate, contribuem assim para “a fiabilidade quanto à qualidade da carne”.

Contudo, alertou, a carne poderá chegar “mais cara aos consumidores”, caso não haja “apoios financeiros no próximo período de fundos comunitários”, que se inicia esta ano e vigora até 2013.

“A administração pública, nacional e europeia, deve participar nesta situação de forma construtiva e as autoridades de fiscalização, ao invés de atitudes repressivas, deverão fazer a pedagogia das novas regras”, defendeu.

No universo da ACOS, referiu o responsável, alguns associados, pela sua dimensão, “transportam eles próprios os animais para leilões ou para abate”, enquanto que a maioria dos casos, com efectivos pecuários menores, “recorre a transportadoras especializadas”.

“A produção vai ter custos mais elevados, porque têm que ser adaptados os camiões”, sublinhou, mas aplaudindo a instalação de sistemas de navegação e monitorização por satélite nos transportes: “Já têm desaparecido camiões, motoristas e gado sem deixar rasto, devido aos grupos mafiosos”.



Fonte: Jornal Alentejano

» Enviar a amigo

Qualfood - Base de dados de Qualidade e Segurança Alimentar
Copyright © 2003-2025 IDQ - Inovação, Desenvolvimento e Qualidade, Lda.
e-mail: qualfood@idq.pt