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A XVI Feira do Fumeiro e do Presunto de Barroso que ontem terminou, em Montalegre, poderá ser um marco na história do evento.
A visita de fiscais das Finanças no primeiro dia da feira e a suspeita, que, no entanto, não se terá confirmado, de uma ronda ao local pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) deverão produzir efeitos já na próxima edição.
Os produtores terão que colectar-se para poder vender os produtos e terão que investir - os que ainda não o fizeram - nas chamadas cozinhas tradicionais, no sentido de cumprir todas as regras de higiene e salubridade exigidas por Lei.
No mesmo sentido, terão que acabar as matanças em casa, passando os animais a ser abatidos no matadouro.
O presidente da Câmara, Fernando Rodrigues, está consciente da necessidade de cumprir regras, muitas delas, até agora, contornadas.
Mas quer algumas excepções, por se tratar de uma actividade tradicional.
Entende, por exemplo, que a presença de um veterinário durante a matança evitaria a ida ao matadouro, o que vai trazer custos adicionais.
Em termos fiscais, o autarca admite que tem que haver participação. "Apesar de ser uma economia rural e de subsistência, é rentável!", afirma, acrescentando que "os agricultores têm que passar a ser empresários e a sujeitar-se às suas regras. Só assim se cresce, se cria mais emprego e se gera mais riqueza".
Em termos de qualidade, Rodrigues admite que ainda há caminho a percorrer, mas assegura que tem havido melhorias de ano para ano.
Segundo o veterinário municipal que coordena a selecção dos produtos à entrada da feira, Domingos Moura, este ano, a taxa de rejeição de produtos andou apenas à volta dos 1,5%. "Há seis ou sete anos andava, por exemplo, a nível de presuntos, à volta dos 35%".
Fonte: Jornal de Notícias
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