Entre 2018 e 2023 verificou-se uma redução global de 14,8% no teor médio de sal e de 20,8% no teor médio de açúcar, depois do acordo de reformulação que envolveu a indústria alimentar e o retalho tendo como objetivo reduzir o sal e açúcar em vários alimentos à venda em Portugal.
Os resultados publicados hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS), em conjunto com os parceiros desta medida – Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I.P (INSA), Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares (FIPA) e NielsenIQ –, no “Relatório da Reformulação dos Alimentos em Portugal – 2018-2023”, estimam uma redução do consumo de cerca de 18 toneladas de sal e de 7400 toneladas de açúcar, sem que os consumidores tivessem de alterar as suas escolhas alimentares.
A análise contemplou, no caso do sal, as ‘batatas fritas e outros snacks salgados’, ‘pizzas’ e ‘cereais de pequeno-almoço’, sendo que a redução progressiva de açúcar foi, também, analisada nestes últimos, assim como nos ‘refrigerantes’, ‘néctares’, ‘iogurtes’, ‘leite fermentado’ e ‘leite aromatizado’.
O relatório avança que 8 das 11 categorias de produtos alimentares analisadas ultrapassaram as metas definidas nos protocolos de reformulação nutricional. Relativamente ao teor de açúcar, destaca-se que três das categorias abrangidas neste acordo (“refrigerantes”, “leite achocolatado”, “iogurtes”, “leites fermentados” e “cereais de pequeno-almoço”) ultrapassaram a meta de redução definida no acordo. No que respeita ao teor de sal, três das categorias (“cereais de pequeno-almoço”, “pizzas” e “batatas fritas e outros snacks salgados”) ultrapassaram igualmente a meta de redução definida para o ano de 2022.
Além disso, através de um acordo específico com o retalho alimentar, foi também possível reduzir o teor de sal no pão, nas sopas e refeições pré-embaladas prontas a consumir. A quase totalidade dos pães e refeições pré-embaladas prontas a consumir atingiram a meta definida, ficando abaixo de 1 g de sal por 100 g para o caso do pão, e de 0,9 g de sal por 100 g para as refeições.
Este é o resultado do trabalho desenvolvido no âmbito do protocolo de reformulação nutricional assinado entre o Ministério da Saúde, a DGS, através do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS), o INSA, a APED, a FIPA e a NielsenIQ. A monitorização independente foi realizada pelo INSA e pela NielsenIQ. Esta medida enquadra-se também no âmbito da Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável (EIPAS), uma estratégia interministerial que envolve diferentes áreas governativas, nomeadamente o Ministério da Agricultura e Mar.
A reformulação dos produtos alimentares tem por base um processo inédito, que se distingue pela adoção de um modelo de avaliação independente, pelo elevado número de categorias de produtos alimentares contempladas e pelo envolvimento alargado de associações setoriais a nível nacional.
Leia o relatório completo aqui.
Fonte: DGS