A Organização Interprofissional do Ovo e seus Produtos (Inprovo) de Espanha classificou o ano de 2006 como um ano complicado para o sector, devido à crise preços dos primeiros nove meses e ao clima de incerteza gerado pela gripe das aves.
Apesar da tendência negativa do ano, 2006 terminou com melhores preços para o ovo, na sequência de um aumento dos custos de produção advenientes da dramática subida do preço das matérias-primas para alimentação animal.
As previsões da Comissão Europeia para a produção de ovos em 2006 indicam um decréscimo de 3,1 por cento em relação a 2005, situação que se fica a dever à crise que afectou todo o mercado comunitário: efeitos dos mercados externos – exportações – e queda do consumo de produtos avícolas devido à gripe das aves.
A inquietação de produtores, consumidores e governos na sequência da propagação do vírus H5N1 acalmou, contudo, no Outono, já que não se registaram focos significativos da doença na União Europeia. Mesmo assim, os sistemas de vigilância e controlo da gripe das aves continuam activos.
O ano de 2006 foi também marcado pelo estabelecimento a nível comunitário de objectivos de erradicação da salmonela em galinhas poedeiras; foi aprovado o plano de erradicação da salmonela em galinhas reprodutoras, prevendo-se que um plano do mesmo género seja aprovado este ano para as galinhas poedeiras.
Está, neste momento, em processo de revisão a normativa comunitária para a comercialização de ovos, no sentido de adaptá-la aos novos regulamentos sobre higiene alimentar.
Novas normas deverão, portanto, entrar em vigor em Julho de 2007, simplificando a actual legislação e mantendo as obrigações de rastreabilidade e controlo ao longo de toda a cadeia alimentar.
Fonte: Confagri