Os leites enriquecidos para crianças têm açúcar e calorias a mais, não essenciais para o crescimento dos mais pequenos, com base num estudo da Deco.

Foram analisados nove leites enriquecidos para crianças com entre um e três anos de idade e a partir dos três anos.

Para além de conterem elementos não essenciais, estes leites podem custar o dobro do leite de vaca tradicional.

Os resultados revelam que as bebidas lácteas enriquecidas em vitaminas e minerais não trazem vantagens adicionais face ao leite de vaca meio-gordo. "Se a criança seguir uma alimentação variada e equilibrada, rica em fruta, vegetais, cereais, ovos e peixe gordo, poderá obter os nutrientes de que precisa".

Só no caso de crianças com falta de apetite estes leites podem ser uma solução, sempre por indicação do médico.

Muitos dos produtos testados continham mais calorias do que o leite de vaca meio-gordo e os fabricantes apostam na adição de açúcar, aroma a baunilha ou cereais.

Como resultado, as crianças habituam-se ao sabor doce, o que dificulta a adaptação ao sabor natural dos alimentos. "Mais tarde, pode haver ainda um maior risco de obesidade e de formação de cáries dentárias".

O ponto forte da composição dos leites para crianças é mesmo o facto de alguns deles serem enriquecidos com ácidos gordos essenciais.

Estes não são produzidos pelo organismo, pelo que é necessário ingeri-los através dos alimentos.

Em relação aos níveis de cálcio e aos valores de vitaminas e outros minerais, os produtos analisados não apresentaram problemas.

Contudo, a Deco a conselha o consumidor a procurar na embalagem do produto qual a sua contribuição para a dose diária recomendada, para evitar os excessos de vitaminas A, E, D e C e de cálcio no organismo dos mais novos.

Além disso, os pais devem seguir as indicações do médico antes de dar estes alimentos enriquecidos às crianças.

Fonte: Peso e Medida

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