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Produtores apostam nas cozinhas regionais
2007-01-31

Os produtores transmontanos estão a apostar cada vez mais nas cozinhas regionais como forma de escoar os produtos locais, nomeadamente o fumeiro tradicional.

As regras impostas pelo Decreto-lei 113/2006, de 12 de Junho, apenas possibilitam a venda de fumeiro a quem esteja colectado ou invista nas cozinhas tradicionais, obrigando assim ao cumprimento de todos os requisitos de higiene e salubridade, entre os quais o abate de suínos em matadouros autorizados.

Na região, segundo dados da Direcção Regional de Agricultura (DRATM), estão licenciadas um total de 138 cozinhas tradicionais, a maioria delas dedicada aos enchidos fumados.

No entanto, a legislação possibilita agora novas formas de rendimento através da produção, transformação e comercialização de outros produtos feitos à base de recursos locais, como sejam, as compotas de todos os frutos da terra, ervas que servem de condimento na cozinha e chás de ervas medicinais.

O empresário agrícola pode assim “criar novas oportunidades de negócio, escoando outros produtos agrícolas locais e aumentando a rentabilidade”, refere a DRATM.

Em Vinhais, surgiram já produtores interessados em rentabilizar as cozinhas durante todo o ano, nomeadamente com o fabrico de compotas.

A Associação Nacional de Criadores de Suínos de Raça Bísara (ANCSUB) realizou cursos de formação nesse sentido e tem já cozinhas a trabalhar durante todo o ano, nos doces e no fumeiro.

É neste concelho, a par de Miranda do Douro, que se regista o maior número de unidades licenciadas, com 16 e 11 cozinhas tradicionais, respectivamente, todas elas dedicadas aos enchidos.

No concelho de Vinhais, a aposta foi forte e surgiu associada à Feira do Fumeiro. Carla Alves, da ANCSUB recorda que, “existiam apenas cinco indústrias no concelho, nas quais se pode comprar ao longo de todo o ano”.

Actualmente, com a afirmação do certame, deu-se também o reconhecimento do fumeiro de Vinhais, com a especificidade de ser produzido exclusivamente com carne de porco bísaro.

“O bísaro é condição obrigatória para a certificação do fumeiro de Vinhais, que tem todos os seus produtos certificados, da carne aos enchidos”, explicou a técnica.

O sucesso das cozinhas regionais está também associado à garantia das condições de higiene e de trabalho. “A legislação inerente ao licenciamento destes estabelecimentos de venda directa garante que o fumeiro é tradicional e feito em condições higieno-sanitárias”.

Estas unidades apenas podem vender directamente ao consumidor e em feiras ou certames num raio de 40 quilómetros. Para além disso, apenas se permite a integração de três trabalhadores e um máximo de três mil quilos de carne, como matéria-prima a laborar por ano.

O licenciamento é atribuído pela DRATM, pelas autarquias e pelos Serviços de Saúde, desde que cumpridas as normas impostas.

No âmbito do Quadro de Referência Estratégica Nacional, o Governo anunciou já um apoio de 230 milhões de euros para a produção, divulgação e promoção de produtos de qualidade, de entre os quais se destacam os enchidos.



Fonte: Mensageiro de Braga

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