O matadouro da exploração aviaria britânica de Holton, Suffolk, onde foi descoberto o vírus H5N1, da gripe das aves, e onde trabalham 767 portugueses, poderá retomar a sua actividade, confirmou ontem o Governo britânico.
O ministro do Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais (DEPRA), David Miliband, explicou que tinha tomado essa decisão guiado por critérios científicos.
As autoridades britânicas manterão, não obstante, medidas de precaução na zona, como manter sob observação as aves de outras áreas que sejam transferidas para esse matadouro e impedir que tenham contacto com outras aves.
Um porta-voz do Ministério do Meio Ambiente britânico indicou que não há risco para a saúde pública.
Miliband explicou que a investigação sobre a origem do surto "continua" e que, de momento, se consideram todas as opções. DEPRA investiga se o surto declarado em Suffolk (Leste do país) pode estar relacionado com outro registado na Hungria em Janeiro passado.
"A nossa cooperação com o Governo húngaro permanece intensiva e construtiva. Os nossos veterinários estão em contacto regular e estamos a trabalhar juntos para intensificar a origem do surto", explicou Miliband.
O surto do vírus H5N1, a estirpe mais letal da gripe das aves, foi confirmado na exploração avícola, situada em Holton e propriedade da empresa Bernard Matthews, a 03 de Fevereiro, e obrigou ao abate de 160 mil perus.
Ao redor da exploração foi estabelecida uma zona de protecção de três quilómetros e outra de vigilância de dez quilómetros.
Os peritos temem que esta estirpe possa ser capaz de transmitir-se entre pessoas, o que poderia causar uma pandemia.
Fonte: Confagri