A empresa britânia onde foi detectado o surto da gripe das aves, foi autorizada pelas autoriades responsáveis a repôr no mercado carne detida.

Todavia, a venda das peças de peru congeladas só será autorizada depois de se comprovar que não foram importadas de uma área isolada na Hungria, advertiram as fontes.

Bernard Matthews, uma das maiores empresas avícolas do Reino Unido, tinha acedido «voluntariamente» a armazenar essa carne de peru em câmaras frigoríficas para evitar que entrassem na cadeia alimentar.

A Agência para a Segurança Alimentar explicou num comunicado que recebeu «suficiente informação» para certificar os produtos, que poderão ser postos à venda.

A agência havia retido a carne para comprovar a sua origem, já que, se procedesse de uma determinada zona da Hungria onde foi detectado o vírus H5N1, a estirpe mais letal da gripe das aves, a sua venda no Reino Unido seria ilegal.

Foi esta possível ilegalidade que motivou a medida e não o facto de a carne poder constituir um risco para a saúde pública, pois, de acordo com o organismo, os produtos avícolas bem cozinhados não apresentam perigo algum.

Os produtos de peru chegaram ao Reino Unido terça-feira, depois de o Governo britânico ter autorizado a empresa a retomar as suas importações da Hungria, suspensas quinta-feira, apesar de os peritos terem confirmado que os vírus encontrados em ambos os países são «essencialmente idênticos».

Os veterinários governamentais ainda não determinaram como é que a doença chegou ao Reino Unido.

O surto do vírus H5N1 foi confirmado na exploração avícola de Holton, no Norte de Inglaterra, no dia 3 de Fevereiro e obrigou ao abate de 160 mil perus.

Fonte: Sol

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