O chefe dos Serviços Sanitários da Região de Moscovo, Valeri Sitnikov, não exclui a possibilidade de as galinhas que morreram nos últimos dias devido à gripe das aves nos arredores da capital russa terem sido infectadas intencionalmente.
«O período de incubação da gripe das aves é de um ou dois dias. Tendo em conta que as galinhas adquiridas no Mercado das Aves de Moscovo morreram precisamente dois dias após a aquisição, é muito provável que elas tenham sido infectadas directamente no mercado», afirmou Sitnikov.
Para o chefe dos Serviços Sanitários, o facto de não se estar num período de migração de aves, torna mais estranha a origem da doença.
Depois de, na sexta-feira, terem sido encontrados três perus infectados com gripe das aves em duas explorações dos arredores de Moscovo, as autoridades russas anunciaram ter detectado um provável novo foco da doença.
Este terceiro caso de morte de aves - 44 galinhas - foi registado na região de Podolsk, 40 quilómetros a Sul da capital russa, declarou Alexei Alekseenko, porta-voz dos Serviços Sanitários da Rússia.
«Como só agora as amostras foram enviadas para laboratório, ainda não temos os resultados da análise e não podemos dizer com precisão qual o vírus que afectou os animais e o que realmente levou à sua morte», explicou.
As autoridades da capital russa ordenaram o encerramento de vários pavilhões do Mercado das Aves de Moscovo, onde foram compradas todas as aves infectadas e os aviários que se encontram na zona onde se registaram os casos de gripe das aves estão sujeitos a um rígido sistema de quarentena.
Nikolai Vlassov, chefe da Vigilância Veterinária do Ministério da Agricultura da Rússia, garantiu, entretanto, que o consumo de frangos e derivados de aviários dos arredores de Moscovo não traz perigo para a saúde pública.
«Os ovos que são vendidos nas lojas são de aviário. Nós temos apenas o caso da morte de três perus num quintal. As pessoas podem continuar a comprá-los», sublinhou Vlassov.
O Ministério para Situações de Emergência da Rússia anunciou que foram encontrados entre cem e mil patos selvagens mortos na região de Krasnodar, no sul do país, acrescentando que «análises prévias não detectaram o vírus da gripe das aves».
No mês passado, o vírus H5N1 matou várias aves nesta mesma região.
Fonte: Portugal Diário