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A Agência Europeia de Segurança Alimentar (AESA) elaborou um conjunto de recomendações para prevenir a entrada e transmissão da gripe das aves nos estados-membros.
Recomenda que as estirpes H5 e H7 de baixa patogenicidade estejam sujeitas a notificação e controlo, tal como as estirpes altamente patogénicas.
Além disso, deve ser proibida a importação de aves e produtos avícolas, não só dos países onde já apareceram as estirpes mais infecciosas, como também daqueles que registaram apenas focos de baixa patogenicidade.
O contacto entre aves domésticas e aves migratórias é reconhecido como um risco, já que as últimas podem ser veículos de propagação da doença.
Por isso, há que aumentar as medidas de biossegurança, limitando movimentos e contactos de animais e pessoas com explorações avícolas e melhorando a formação dos agricultores.
A AESA alerta também para o papel dos dejectos das aves na propagação da gripe das aves e recomenda que se utilizem como adubo apenas as fezes tratadas adequadamente.
Acresce a recomendação de desenvolvimento de um sistema rápido de detecção do vírus e identificação de áreas expostas a alto risco.
A autoridade europeia recomenda, ainda, o estabelecimento de distâncias de segurança entre explorações avícolas e a implementação de planos de contingência para o abate de aves infectadas, mediante utilização de sistemas humanitários.
Há também que considerar a vacinação como medida de controlo, utilizada em combinação com as restantes medidas.
Entretanto o Sudeste Asiático estabelece acordo para evitar pandemia
Responsáveis da Associação dos Países do Sudeste Asiático (ASEAN), juntamente com a China, Coreia do Sul e Japão firmaram sábado um plano para coordenar na região a luta contra a gripe das aves, antes que se transforme numa pandemia.
Os ministros da Agricultura reunidos em Tagaytay, Filipinas, celebraram um acordo para complementar a luta que já está em curso, e não para a alterar, anunciou o ministro para o Desenvolvimento Nacional de Singapura, Mah Bow Tan.
Os responsáveis escolheram "oito áreas estratégicas para um período de três anos, entre 2006 e 2008, para prevenir, controlar e erradicar a doença", segundo um comunicado comum divulgado após o encontro dos países membros da ASEAN (Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Birmânia (Myanmar), Singapura, Tailândia e Vietname), juntamente com a China, Coreia do Sul e Japão.
O comunicado final reconhece que a gripe das aves "converteu-se num problema importante que requer um esforço regional e coordenado".
Os pormenores sobre o plano de acção são escassos, tendo os ministros apenas referido que uma equipa malaia terá como objectivo "formular planos de acção detalhados" e identificar fontes de financiamento e possíveis doadores, em particular para o estabelecimento de um fundo para a saúde animal de cerca de dois milhões de dólares (1,663 milhões de euros).
O porta-voz da Organização Mundial de Saúde (OMS), Dick Thompson, anunciou sábado que o número de pessoas susceptíveis de morrer por uma eventual epidemia da gripe das aves e a humana poderia chegar aos 7,4 milhões.
As Nações Unidas, que criaram um gabinete de coordenação para a gripe das aves e a humana alertou quinta-feira, em Nova Iorque, para a possibilidade de uma epidemia que poderia afectar entre cinco a 150 milhões de pessoas em todo o mundo se houver uma mutação do vírus.
O porta-voz da OMS em Genebra advertiu também que a epidemia "causaria enormes danos económicos e sociais em todo o mundo".
Salientou que a organização não queria causar o alarme, mas insistiu que os países devem estar prevenidos para a possibilidade de uma epidemia da gripe das aves poder afectar 7,4 milhões de pessoas.
"Estamos a referir este número como o pior cenário", disse Thompson.
UE reconhece gripe das aves como potencial ameaça
A Comissão Europeia e a Presidência da União Europeia emitiram um comunicado conjunto no qual reconhecem a gripe das aves como uma potencial ameaça para a saúde humana e animal.
A União Europeia anunciou, assim, que partilha com os Estados Unidos e outros países a preocupação na procura de medidas preventivas eficazes.
Para isso, vai continuar a colaborar com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, com a Organização Mundial de Saúde e Organização Mundial de Sanidade Animal.
Fonte: Confagri
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