Mais de 4.500 animais serão sacrificados no Estado do Mato Grosso do Sul, além das 582 reses já mortas, em consequência do surgimento de focos de febre aftosa, informou ontem o Ministério da Agricultura do Brasil.
Segundo o secretário de Defesa Agropecuária, Gabriel Alves Maciel, matar o gado é o único mecanismo de defesa sanitária em que não se deixa qualquer tipo de vestígio da doença.
Maciel admitiu a possibilidade de que novos focos de aftosa sejam detectados na região.
"São pequenas propriedades muito próximas umas das outras, por isso é normal que este vírus circule e haja contágio de animal para animal", afirmou.
Ainda segundo aquele responsável, uma área de 25 quilómetros a partir do primeiro foco detectado encontra-se isolada, ou seja, não há circulação de animais.
Na segunda-feira, o Ministério da Agricultura confirmou o surgimento de três novos focos no Mato Grosso do Sul, depois de o Presidente brasileiro Lula da Silva ter afirmado, no seu programa de rádio, que a doença já havia sido debelada.
Até agora, 32 países impuseram embargo total ou parcial à carne brasileira, incluindo os 25 países da União Europeia e a Rússia, onde hoje o Presidente Lula da Silva está a discutir o problema com seu homólogo Vladimir Putin.
O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de carne bovina, com cerca de 195 milhões de cabeças de gado.
A febre aftosa é causada por sete tipos diferentes de vírus altamente contagiosos e propagados por via aérea, e a doença pode dizimar criações inteiras de bovinos, suínos, ovinos e caprinos, mas raramente atinge o homem.
Fonte: Confagri