Timor só importa frangos do Brasil e Austrália
Timor-Leste alargou a todos os países do Sudeste Asiático a interdição de importação de aves, na sequência da medida preventiva adoptadas em Janeiro de 2004 por causa da gripe das aves, disse hoje fonte governamental.
O ministro da Agricultura, Florestas e Pescas, Estanislau da Silva, salientou que apenas está autorizada a importação de frangos do Brasil e da Austrália.
Em Janeiro de 2004, na sequência do início da presente crise criada pela gripe das aves, o governo timorense proibiu a importação de aves de oito países: Indonésia, Camboja, Coreia, Japão, Myanmar, Tailândia, Taiwan e Vietname.
"A decisão foi tomada por despacho conjunto dos ministérios da Agricultura e da Saúde e agora considerámos importante alargar a proibição a todo o Sudeste Asiático. Só importamos frangos do Brasil e da Austrália", precisou.
Estanislau da Silva disse ainda que foi entretanto criada uma Comissão Técnica, que integra quadros dos serviços de pecuária, de quarentena e da saúde, liderada pelo vice-ministro da Saúde, Luís Lobato.
Esta comissão tem a responsabilidade de montar o sistema de alerta a nível dos 13 distritos do país e de montar a primeira linha de defesa caso seja declarado algum caso de gripe das aves.
"Por exemplo, no caso de se declarar algum caso, a área será isolada, e serão retiradas amostras para serem analisadas na Austrália. As aves existentes nessa área serão todas eliminadas", garantiu.
Pelo menos 60 pessoas morreram na Ásia devido à gripe das aves, em concreto devido à estirpe considerada mais perigosa, o virus H5N1.
Xangai esteriliza sapatos de todos os turistas
As autoridades de Xangai ordenaram sexta-feira a esterilização dos sapatos dos turistas que entram na cidade por terra, ar ou mar, numa medida de prevenção contra a propagação do vírus da gripe das aves, noticia a imprensa local.
Além desta medida, as autoridades sanitárias de Xangai - centro económico da China - tinham já proibido a entrada de qualquer ave proveniente de países afectados, além de estarem a abater os animais que já entraram na região, de acordo com a agência noticiosa oficial chinesa, Nova China.
Depois de Pequim ter hoje elevado ao Conselho de Estado a coordenação das respostas do país contra a gripe das aves, e do vice-primeiro-ministro chinês, Hui Liangyu, ter descrito a situação como "grave", a China garantiu que vai colaborar com a comunidade internacional para resolver o problema.
"O ministério da Saúde da China quer reforçar a cooperação e coordenação com as Nações Unidas e com a Organização Mundial de Saúde, para criar um sistema de comunicação sobre epidemias que seja transparente, imediato e rigoroso e para melhorar a tecnologia e redes de vigilância dos laboratórios chineses", diz um comunicado divulgado sexta-feira pelo ministério.
O país está também a reforçar as reservas do antiviral Tamiflu, considerado eficaz contra a gripe das aves, para o caso de haver uma mutação do vírus H5N1 que cause transmissão entre humanos, referiu sexta-feira o jornal oficial em língua inglesa China Daily.
A China assinou hoje com Macau e Hong Kong um acordo de coordenação de respostas para lidar com doenças infecciosas, tais como a gripe das aves.
Na quarta-feira, a China revelou ter descoberto um novo foco de gripe das aves, com 2.600 aves mortas pelo vírus H5N1 numa quinta perto da capital da região da Mongólia Interior, Hohhot, no nordeste do país.
Esta descoberta é a primeira confirmada em dois meses, desde que em Agosto passado as autoridades de saúde descobriram a existência do H5N1 em Lhasa, capital do Tibete, onde 133 aves morreram e 2.475 foram abatidas.
Novo foco de gripe das aves na Rússia
Um novo foco da Gripe das Aves foi detectado na Rússia, na zona de Tcheliabinsk, nos Urais, segundo responsáveis dos serviços de urgência.
Na localidade de Sunali foram destruídas 31 aves e o vírus foi diagnosticado em seis delas.
Na véspera, os serviços veterinários russos tinham indicado suspeitar da existência de focos da Gripe das Aves em 24 localidades espalhadas pela Sibéria e no sul do país.
No total, há sete regiões russas atingidas pela doença desde que ela foi detectada no país, em Julho último.
Em quatro destas sete zonas os focos de Gripe das Aves foram circunscritos, de acordo com os serviços veterinários.
A localidade de Iandovka, na região de Tula, onde foi detectada a presença do vírus H5N1, foi colocada de quarentena por três semanas e todas as aves fora m abatidas e queimadas.
Os 33 aviários da região de Moscovo estão a ser controlados pelos serviços veterinários e o risco da Gripe das Aves aparecer na capital russa é "mínimo", disse o chefe-adjunto do Departamento de Contrlo Veterinário do Ministério russo da Agricultura, Nikolai Vlassov.
Parlamento Europeu debate gripe das aves
A estratégia da União Europeia para combater uma eventual pandemia de gripe vai ser um dos assuntos em discussão na sessão plenária do Parlamento Europeu, que se realiza entre segunda e quinta-feira em Estrasburgo (França).
Numa altura em que a gripe das aves já chegou à União Europeia - com a detecção de um caso na Grécia -, o Parlamento vai discutir os riscos de uma pandemia de gripe e questionar a Comissão Europeia e o Conselho sobre as respostas que a União Europeia será capaz de dar nessa eventualidade.
O debate terá lugar terça-feira, estando prevista uma resolução para o dia seguinte.
Governo Britânico apela a embargo de aves selvagens
O governo britânico, que ocupa a presidência semestral da União Europeia, apelou sábado aos seus parceiros para que decretem um embargo às aves selvagens vivas procedentes do resto do mundo.
"O governo apela à Comissão Europeia para que imponha um embargo às aves selvagens vivas", declarou um porta-voz do departamento para o Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais (DEFRA).
A importação de aves domésticas continuará a ser autorizada sob este regime que se destina a deter a propagação da epidemia de gripe das aves, precisou o porta-voz.
Croácia confirma vírus H5N1 em cisnes
Análises laboratoriais, no Reino Unido, confirmaram que os cisnes encontrados mortos sexta-feira, na Croácia, estavam infectados com o vírus H5N1 da gripe das aves, noticiou sábado o vespertino croata Vecernji List, de Zagrebe.
Até agora, ignorava-se que tipo de vírus da gripe das aves infectara os 12 cisnes encontrados mortos, a 150 quilómetros a Este de Zagrebe.
O H5N1, cuja presença foi confirmada também na Roménia e na Turquia, é a variante mais mortal da gripe das aves.
Reino Unido: papagaio morreu do vírus H5N1 da gripe das aves
O papagaio que morreu no Reino Unido com gripe das aves tinha o vírus H5N1, anunciou ontem o Departamento para o Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais.
O papagaio em questão tinha sido importado da América do Sul e desembarcado em solo britânico em meados de Setembro, tendo de imediato sido colocado de quarentena, de acordo com os regulamentos britânicos para a importação de animais.
A gripe das aves que atingiu a Ásia, provocando a morte de mais de 60 pessoas, foi causada pelo vírus H5N1.
Navio em quarentena num porto de Malta
Um navio com batalhão de Chipre foi colocado ontem em quarentena no porto de La Valette, em Malta, depois de terem sido encontradas duas galinhas mortas a bordo.
A Protecção Civil de Malta deu ordens para que a tripulação permaneça a bordo e para que ninguém tenha acesso ao navio.
O seu nome é “Nordsuk”, provinha de Taiwane e faria a sua última escala em Djeddah, na Arábia Saudita.
Hong Kong: medicamentos contra a gripe das aves aquém do desejado
As autoridades de Hong Kong reconheceram hoje estarem aquém do número desejado de medicamentos para dar resposta a um eventual surto de gripe das aves.
O presidente da Autoridade Hospitalar de Hong Kong, Wu Ting- yuk recusou-se a fornecer elementos sobre a quantidade de medicamentos de reserva na antiga colónia britânica mas sublinhou que satisfazem o estabelecido pela Organização Mundial de Saúde.
Apesar de não existir ainda o número de medicamentos desejados, as autoridades de Hong Kong continuam a trabalhar para manter de reserva a quantidades considerada necessária para combater um surto numa região com cerca de sete milhões de habitantes.
Os receios de um surto de gripe das aves em Hong Kong, cujas autoridades políticas já admitiram a possibilidade de encerrar as fronteiras com o continente chinês caso de confirme a transmissão inter-humanos no continente, são ainda maiores devido ao número de mortos causados pela pneumonia atípica em 2003 e pelo facto do vírus H5N1 ter sido detectado pela primeira vez em seres humanos na antiga colónia britânica.
De facto, o vírus em humanos foi identificado em Hong Kong em 1997, tendo provocado a morte a seis pessoas.
Desde então Hong Kong tem conseguido manter afastado do se território a denominada gripe da aves devido ao forte controlo efectuado nas fronteiras e nos locais onde estão concentradas as aves que são vendidas ao público.
Apesar dos receios, Wu Ting-yuk apelou à população para não entrar em pânico e solicitou aos grupos de risco como crianças e idosos para procederem à vacinação contra a gripe normal, uma vacina que apesar de não evitar a gripe das aves reforça os mecanismos de defesa do organismo humano.
OMS diz que a Europa será capaz de travar a gripe das aves
Através de acções de prevenção e boa preparação a organização mundial de saúde diz-se convencida da possibilidade de não haver pandemia na Europa
A Europa pode evitar, através de uma boa preparação e das acções necessárias, uma situação comparável à da Ásia no domínio da gripe das aves, disse hoje um responsável da Organização Mundial de Saúde (OMS).
"Desde que se prepare de forma adequada e passe à acção, a Europa pode evitar a situação que vemos na Ásia", declarou Gudjon Magnusson, director do gabinete europeu de Copenhaga da OMS.
"É importante não abrandar os esforços na Europa neste momento, mas o centro da guerra contra a gripe das aves está na Ásia e a Europa tem excelentes hipóteses de travar o vírus", afirmou Magnusson numa conferência de imprensa que precedeu a abertura de uma reunião de três dias entre a OMS e a Comissão Europeia.
Prevê-se que durante a reunião seja passado em revista o grau de preparação do conjunto da zona europeia da OMS (52 países) para a eventualidade de uma epidemia de gripe das aves.
O vírus H5N1 já matou seis dezenas de pessoas na Ásia, na sua maioria indivíduos que estiveram em contacto directo com aves contaminadas.
"Esta reunião não é uma reunião de emergência. Faz parte de uma fase de preparação, que prossegue, destinada a garantir que todos os países europeus tenham os instrumentos e a melhor preparação possível para prevenir uma pandemia humana", acrescentou Magnusson.
O H5N1 foi recentemente despistado na Roménia e na Turquia, tal como no Reino Unido, num papagaio importado da América do Sul e morto durante o período de quarentena quando estava acompanhado por aves provenientes de Taiwan.
Desenvolvimento de vacina em célere progresso
O desenvolvimento de uma vacina eficaz contra uma eventual estirpe da gripe das aves transmissível entre humanos foi, ontem, impulsionada grandemente em vários países.
O Reino Unido, por exemplo, revelou a descoberta de uma vacina inovadora.
A University College of London desenvolveu esta vacina e já afirmou que pode inocular toda a população britânica em apenas algumas semanas.
Trata-se de um medicamento baseado do ADN do vírus, mas que só deverá ser utilizado em último recurso, já que ainda não foi testado em humanos.
O professor Peter Dunnil, responsável pela investigação, disse que «as vacinas baseadas no ADN são uma descoberta nova e ainda não foram devidamente experimentadas. Por isso, elas só deverão ser utilizadas caso não seja desenvolvida nenhuma alternativa».
A Hungria, que já tinha anunciado o desenvolvimento de uma vacina contra a gripe das aves, afirmou que o produto conseguido é cem por cento eficaz. Foram vacinadas mais de cem pessoas em fase experimental, todas com resultados positivos.
Entretanto, também a Dinamarca apresentou novos progressos científicos. A Universidade Técnica de Copenhaga está a desenvolver um método de produção rápida de vacinas, em que se elimina o tempo de espera de seis meses pelas vacinas cultivadas em ovos de galinhas. O novo método consegue a produção de uma vacina em três a seis semanas.
Risco de contágio da gripe das aves é muito menor na Europa do que na Ásia
O Comité Permanente da Cadeia Alimentar da União Europeia disse que o risco de contágio da gripe das aves entre humanos é muito menor na Europa do que na Ásia, onde já morreram cerca de 60 pessoas.
É que, na Europa, os modos de produção de aves são muito distintos dos asiáticos, assim como a comercialização de aves e produtos avícolas.
Na Ásia, é frequente a criação de aves para auto-consumo e são os próprios produtores que, muitas vezes, levam aves vivas para venda nos mercados.
Além disso, a muito menor concentração de população no território europeu favorece a contenção da doença.
Vírus H5 confirmado num segundo foco na Croácia
As autoridades sanitárias da Croácia confirmaram hoje a presença do vírus H5 da gripe das aves num segundo foco da doença detectado em cisnes encontrados mortos no leste do país.
"Identificámos o vírus da gripe das aves em amostras recolhidas nos cisnes mortos de Nasice que nos foram trazidas no sábado. Trata-se do H5", afirmou o porta-voz do Ministério da Agricultura, Mladen Pavic.
O primeiro foco de gripe das aves, também de vírus H5, foi confirmado na sexta-feira em amostras colhidas em cisnes mortos em Zdenci, a 15 quilómetros de Nasice.
Foram enviadas amostras para um laboratório britânico que deverá precisar nos próximos dias se o vírus pertence à perigosa estirpe H5N1, que matou seis dezenas de pessoas na Ásia desde 2003.
"Pensamos que os cisnes encontrados mortos em Zdenci e Nasice faziam parte do mesmo grupo", disse Pavic, acrescentando que, por esse motivo, as autoridades croatas iriam decidir se enviariam também para o Reino Unido as últimas amostras, ou se os resultados das análises britânicas ao primeiro grupo seriam consideradas válidas para o segundo.
Durante esta manhã, as autoridades anunciaram o fim do abate de mais de 10.000 aves para evitar a propagação do vírus em Zdenci, onde na sexta-feira foram encontrados seis cisnes mortos.
No domingo, o primeiro-ministro croata, Ivo Sanadar, prometeu indemnizar os proprietários das aves de capoeira abatidas no concelho de Zdenci.
Segundo a imprensa local, as equipas veterinárias não foram recebidas de braços abertos por todos os aldeões daquela região pobre, onde a criação de aves de capoeira constitui a principal fonte de rendimentos.
Atiradores de elite da polícia foram encarregados de abater aves deixadas em liberdade por alguns dos donos.
Depois de uma visita à região afectada, a 150 quilómetros de Zagreb, Sanadar disse que as autoridades devem ser "muito estritas" em relação às medidas prescritas pelo centro de crise criado para combater a gripe das aves.
Cinco aldeias e mais de um milhar de pessoas estão sob quarentena em toda a zona.
Novo foco detectado na Sibéria
As aves contaminadas com o vírus da gripe das aves, encontradas na Grécia e na Suécia, não foram contagiadas com o vírus mais perigoso para o homem: o H5N1. O anúncio foi feito, na manhã desta segunda-feira, por um laboratório britânico.
Apesar de ter sido colocada de lado a pior das hipóteses, os ministros da Agricultura da União Europeia discutiram, esta segunda-feira, a situação no Luxemburgo. Portugal apresentou um plano de contingência para o caso de uma pandemia de gripe das aves chegar ao País.
O vírus foi recentemente detectado em aves na Rússia, Turquia e Roménia.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou o alerta de que o H5N1 pode sofrer mutações que o tornem susceptível de passar de pessoa para pessoa, o que colocaria o mundo perante um cenário de pandemia.
A OMS definiu uma classificação de níveis pandémicas, que serve de referência para os planos de contingência dos vários países, que estabelece três cenários: interpandêmico (o vírus está em circulação mas não há casos em humanos), alerta pandémico (registam-se alguns casos em humanos) e pandémico (pandemia instalada).A cada um destes cenários correspondem várias fases.
Portugal está desde o início do ano na fase três do nível de alerta pandémico, atribuível quando se comprova a existência de algumas infecções em humanos com o vírus, mas sem que exista transmissão entre pessoas ou seja, mesmo que em Portugal se venham a registar casos da infecção em aves e em humanos, a fase quatro só será activada quando existir confirmação da transmissão entre pessoas.
Fonte: Confagri, Público, Jornal de Notícias