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Fabricantes de alimentos para animais apostam na redução de riscos
2005-11-23

Os fabricantes de rações animais da União Europeia vão investir entre 1 e 3% da sua facturação na prevenção de novas crises alimentares.

O novo plano deverá custar no caso da indústria portuguesa de alimentos compostos para animais, mais de dez milhões de euros por ano.

Depois das vacas loucas, dos nitrofuranos e das dioxinas, o sector elaborou um código de boas práticas com medidas de controlo rigorosas, que permite reduzir, de 6 para 2%, o risco de contaminação.

Tudo em nome da certificação "do prado ao prato".

O plano entra em vigor a 1 de Janeiro de 2006 e, embora não seja obrigatório, deixará em clara desvantagem os fabricantes que a ele não aderirem.

Segundo o código apresentado em Bruxelas pela Federação Europeia de Fabricantes de Alimentos Compostos (FEFAC), será possível controlar todas as etapas de fabrico das rações animais, através de um registo onde as empresas terão de revelar quem lhes fornece a matéria-prima, quem transporta o produto e quais os intermediários nas trocas comerciais.

Informações a que o consumidor terá acesso, nas etiquetas das embalagens de carne.

O responsável pelo sector da alimentação animal da Direcção-Geral de Veterinária, José Manuel Costa, garante, que este apertar do cerco vai permitir às autoridades fiscalizadoras terem um "total conhecimento dos operadores", incluindo "importações e exportações", sendo possível fazer a completa rastreabilidade do circuito da cadeia alimentar.

É por isso que diz estar em causa uma autêntica "revolução" em matéria de segurança, alegando que até agora só alguns fabricantes e os intermediários, que colocavam no mercado algum tipo de aditivos e pré-misturas, estavam obrigados a registarem-se.

Isto passa a ser obrigatório para todos os operadores, que, após notificarem a DGV de que preenchem os requisitos do regulamento, começam a ser sujeitos a inspecções periódicas, traduzidas em auditorias e vistorias, visando avaliar o sistema de análises de perigos e pontos críticos de controlo - o sistema que avalia perigos em qualquer tipo de produção.

O presidente dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais (IACA), Alberto Campos, alerta que todo o fabricante que descurar o sistema de análises periódicas tenderá a ficar fora do mercado, justificando que este código de boas práticas é uma "bíblia de segurança" que permite "saber tudo sobre os produtos de origem animal que estão a ser vendidos nas várias cadeias alimentares".

Neste momento, cerca de 70% dos associados da IACA já aderiram ao plano - na sequência de outro código de boas práticas implementado em 2000, que não é "tão perfeito" como o novo -, representando a associação cerca de 90% desta produção, que fabrica 4,5 milhões de toneladas de rações por ano, num volume de negócios da ordem dos mil milhões de euros.



Fonte: Anilact

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