O Instituto de Ciência de Tecnologias Agro-Alimentares da Universidade do Porto apresentou, ontem, os primeiros resultados de um estudo que concluiu que os critérios de escolha alimentar dos portugueses estão a melhorar.
Inserido no projecto AGRO 803, o estudo “Segurança e Qualidade Alimentares – percepção do risco e rotulagem” mostra que os consumidores parecem mais conscientes da necessidade de praticar uma alimentação saudável.
«Neste primeiro critério, os factores mais valorizados são a percepção sensorial, a saúde, os aspectos nutricionais e o preço», esclareceu Luís Cunha, do instituto responsável pelo estudo.
Em segundo plano, estão ainda as questões relacionadas com o peso, com a conveniência e com o ambiente, mas isso não deixa de pesar nas escolhas e os consumidores «comem mais fruta, vegetais e peixe, e preocupam-se com a redução do consumo de sal».
Alguns obstáculos à alimentação saudável são, contudo, sublinhados, como o facto dos produtos de qualidade não serem sempre os mais atractivos ou os que satisfazem a fome com mais eficácia. «O estilo de vida acelerado e a pouca força de vontade para mudar para uma dieta mais equilibrada» são outros factores.
Este estudo foi conduzido há um ano em nove distritos portugueses, sendo os inquiridos representativos de 80 por cento da população nacional.
A segunda fase do projecto já está em curso, pretendendo-se determinar quais os riscos associados à alimentação, de que forma é que o consumidor os percepciona e a que ponto essas noções afectam as compras efectuadas.
Fonte: Confagri, Jornal de Notícias