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Hepatite A sobre de 38 para 144 casos em 2004
2006-01-30
 

A hepatite A, passível de ser transmitida através da água, aumentou de 38 para 144 casos entre 2003 e 2004, sendo o crescimento mais acentuado no Alentejo, de acordo com dados da Direcção-Geral da Saúde (DGS).

Para o aumento em 106 casos notificados na edição sobre Doenças de Declaração Obrigatória 2000-2004, da DGS, contribuem os 72 casos registados em 2004 na Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, os 37 na ARS do Algarve e os 21 na ARS de Lisboa e Vale do Tejo.

A grande maioria destes casos corresponde a crianças e jovens cuja faixa etária vai desde um ano de idade até aos 24 anos.

A transmissão do vírus da hepatite A é oral-fecal - as fezes infectadas e que não entram nos sistemas de saneamento podem contaminar a água ou o solo e, a partir daí, espalhar o vírus para outras pessoas.

Os sintomas passam muitas vezes despercebidos e a doença raramente se torna crónica.

A infecção pode provocar desde uma afecção menor parecida com a gripe até uma insuficiência hepática mortal.

De assinalar que nas ARS do Norte e do Centro o número de casos de hepatite A notificados em 2004 são de 12 e dois, respectivamente, ambos valores mais baixos do que os registados em 2003.

Judite Catarino, chefe do serviço da DGS responsável pelo tratamento da informação sobre as doenças de declaração obrigatória, referiu que "o aumento da hepatite A no sul do país tem a ver com uma comunidade não sedentária e que tem pouco acesso a água potável".

O aumento dos casos notificados de Hepatite A é salientado também pelo Relatório Anual do Sector de Águas e Resíduos, disponível no site do Instituto Regulador de Águas e Resíduos (IRAR) desde 18 de Janeiro.

Neste documento considera-se que alguns destes casos, bem como o número elevado de salmoneloses (mais de 500) notificadas, podem estar associados ao "consumo de água proveniente de fontes de abastecimento alternativas, nomeadamente poços, fontanários ou nascentes".

A falta de sistemas de saneamento adequados e de higiene pessoal são também referidos no relatório do IRAR como possíveis causas da prevalência e aumento destas doenças.

Segundo o relatório, a falta de estudos conclusivos sobre a associação entre o consumo de água e estas doenças revela a necessidade de aperfeiçoar a vigilância epidemiológica e decorre também de a população não procurar com frequência o apoio clínico quando exposta a doenças do foro hídrico.

Também os médicos "não atribuem geralmente a causa da doença à água de consumo humano, medicando os doentes sem aplicar inquéritos adequados", sustenta o documento.



Fonte: Diário dos Açores

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