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Gripe das Aves: Estirpe H5N1 avança na Europa
2006-02-15
 

A estirpe H5N1 do vírus da gripe das aves foi detectada ontem na Áustria, tornando cada vez mais premente a ameaça de uma epizootia causada pelo regresso de África das aves migratórias e levando a Europa a preparar medidas drásticas.

A H5N1, altamente patogénica e transmissível ao homem, foi identificada em dois cisnes encontrados mortos perto de Graz, na região da Estíria, sul da Áustria, indicou ontem a Agência Federal de Segurança Alimentar (AGES) austríaca, citando análises preliminares.

Em Bruxelas, a Comissão Europeia, ao anunciar medidas de protecção na zona de Graz, preferiu falar de uma "forte suspeita", aguardando os resultados das análises complementares efectuadas pelo laboratório de referência da União Europeia (UE), em Weybridge, Reino Unido.

Um novo foco do vírus H5N1 foi também identificado na Roménia em aves mortas perto de Constanza, sueste, anunciaram ontem as autoridades deste país.

Três novos focos suspeitos foram detectados nos dois últimos dias na mesma região, elevando para 31 o número total de focos de gripe das aves na Roménia.

Casos de aves contaminadas com o H5N1 - os primeiros na União Europeia - foram detectados sábado na Grécia e em Itália.

A gripe das aves, que causou já a morte de cerca de 90 pessoas na Ásia e na Turquia, fez ontem uma nova vítima humana na Indonésia, um comerciante de aves de 23 anos, segundo informações preliminares.

Os especialistas veterinários da UE preparam-se para decidir medidas drásticas, como o abate das aves de capoeira e a destruição dos ovos nas explorações contaminadas, indicou ontem Philip Tod, porta- voz do Comissário europeu para a Saúde, Markos Kyprianou.

A estas medidas juntar-se-ia a criação de zonas de protecção e de vigilância reforçada num raio de 10 quilómetros em redor do local onde a ave infectada for encontrada, já sistematicamente instauradas quando é descoberta uma ave selvagem portadora do vírus.

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) sublinhou ontem o risco que a Europa corre com o regresso das aves migratórias, que, no Outono, poderão trazer da Ásia o vírus fatal.

Na Grécia, onde o H5N1 foi identificado sábado na região de Salónica, foi detectado um vírus do grupo H5 em mais dois cisnes mortos no norte do país.

Análises realizadas a um caçador de 29 anos, hospitalizado desde domingo, revelaram que não era portador do vírus.

Na Croácia, onde dois focos do vírus H5N1 foram detectados no Outono, oito cisnes foram encontrados mortos em zonas urbanas, nomeadamente, em Zagreb, a capital, anunciaram ontem as autoridades.

Na Eslovénia, um vírus do grupo H5 foi detectado num cisne morto, e é tida como suspeita a morte de cinco outras aves, anunciou ontem o governo.

Na Itália, mais de 80.000 frangos e 7.000 ovos foram destruídos no sul do país, após a detecção no sábado da estirpe H5N1 em cisnes, referiram ontem as autoridades sanitárias.

A Alemanha decidiu, por seu turno, confinar as aves de capoeira a partir de 20 de Fevereiro, disse o ministro da Agricultura, Horst Seehofer.

Na França, o governo deverá tomar quarta-feira uma decisão nesta área, após uma advertência das autoridades sanitárias, segundo as quais o país apresenta "um risco agravado de contaminação" das aves, indicou o Ministério da Agricultura.

Entretanto, a Albânia e a Macedónia proibiram ontem as importações de voláteis da Grécia, Itália, Bulgária e Eslovénia, devido às detecções de novos focos da gripe das aves.

Os dois países não têm quaisquer casos registados de H5N1, mas a Albânia está já a comprar roupas de protecção e medicamentos antivirais para o caso de a doença atingir o país.

Em Moscovo, o responsável pela epidemiologia do país anunciou ontem que a Rússia tenciona iniciar em Abril ensaios de uma potencial vacina para a gripe das aves.

Segundo as agências noticiosas russas, Gennady Onishchenko afirmou que os testes serão realizados em voluntários e permitirão que, num período de cinco semanas, se observe como reage o sistema imunitário de uma pessoa.

No continente africano, o vírus H5N1 poderá ter atingido o Níger, país fronteiriço com a Nigéria, onde foi identificado na passada semana, advertiu ontem um especialista da FAO.

O governo nigerino desmentiu ontem formalmente a existência de um foco do vírus no seu território.

Na Nigéria, Lagos, capital económica com 16 milhões de habitantes, foi declarada em "alerta vermelho". Dois casos suspeitos de contaminação humana, duas crianças da província de Kaduna, norte, apresentavam-se ontem melhor, segundo familiares.

Enquanto o Benin, a Guiné-Bissau e o Senegal declaravam a sua inquietação, o representante do secretário-geral da ONU para a África Ocidental, Ahmedou Ould Abdallah, sublinhou a vulnerabilidade de toda a região devido à fraqueza das infra-estruturas, nomeadamente as sanitárias.

No Irão, o vírus do grupo H5 foi detectado em 135 cisnes selvagens mortos encontrados no noroeste, disseram ontem as autoridades.

Finalmente, o caso de um criador de pombos morto há uma semana no sul do Iraque não se deveu à gripe das aves, segundo as autoridades locais.



Fonte: Confagri

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