As cooperativas de olivicultores de Trás-os-Montes já estão a produzir azeite embalado em galheteiros de tampa inviolável em doses individuais.

O objectivo é fazer cumprir a nova lei e conseguir, assim, chegar às mesas dos restaurantes.

A legislação nacional proíbe a utilização de galheteiros tradicionais nas unidades de restauração; o objectivo é impedir a reutilização das embalagens após o esgotamento do conteúdo original descrito no rótulo.

A Cooperativa de Vila Flor já há dois anos que comercializa azeite desta forma e a Cooperativa de Murça há mais de três anos.

A Cooperativa de Olivicultores de Valpaços é que só adaptou as suas embalagens à recente legislação em Fevereiro.

O presidente da Direcção da Cooperativa de Olivicultores de Vila Flor, Hélder Teixeira, queixa-se das dificuldades sentidas pela região ao nível da concorrência com marcas de âmbito nacional, que dispõem de um sistema de comercialização mais abrangente.

«Não temos agressividade para podermos concorrer com essas marcas, porque eles dedicam-se mais à actividade comercial, enquanto nós apostamos mais na produção».

Mesmo assim, o azeite transmontano é vendido em todo o país e tem estado a ser escoado, em quantidades significativas, para os sectores hoteleiro e de restauração. Hélder Teixeira defende, contudo, que deviam ser os próprios restaurantes a procurar este azeite, porque os seus produtores apostam mais na venda directa: a qualidade é garantida e o preço não difere dos restantes azeites.

Fonte: Confagri

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