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EFSA publica os últimos estudos do programa de avaliação de riscos
2022-06-03

Um estudo avaliou o risco de Anisakis em peixes em Portugal e o conhecimento das pessoas em relação a este parasita.

Os investigadores recolheram informações sobre a perceção e atitudes de risco da população portuguesa relativamente à contaminação de peixes com Anisakis e os seus conhecimentos sobre métodos para prevenir a infeção.

Os nematódes parasitas do género Anisakis são o agente causador da anisaquíase. Os seres humanos são infetados através do consumo de peixe cru ou mal cozinhado contaminado com o parasita. A infeção pode resultar tanto em sintomas gastrointestinais como alérgicos. Existem poucos relatos de anisaquíase em Portugal, mas existem evidências de alergia a este parasita, o que indica que está a ocorrer exposição.

Portugal tem um dos níveis de consumo de peixe mais elevados do mundo e a pescada europeia está entre as mais populares. Não há tradição de consumo de peixe cru ou mal cozido em Portugal, contudo estes produtos estão a tornar-se cada vez mais populares, e os métodos de cozedura comuns, como o grelhar, nem sempre atingem temperaturas suficientes para matar as larvas parasitas.

Nas últimas décadas tem havido um aumento de relatos de anisaquíases. Isto deve-se provavelmente a fatores como o aumento das medidas de inspeção a produtos de pesca, levando a maiores taxas de deteção de produtos contaminados, e a melhores técnicas de diagnóstico que encontram mais infeções humanas.

Quarenta e cinco pescadas europeias de idade mista foram medidas, pesadas e as vísceras e músculos foram examinados para deteção de larvas de Anisakis. Foram encontradas um total de 473 larvas de Anisakis fase 3.

Dos 746 inquiridos, a maioria referiu a "transmissão de parasitas" como um risco associado ao consumo de peixe cru. Muitas pessoas não tinham ouvido falar de Anisakis ou de métodos de prevenção. Das pessoas que tinham conhecimento de tais métodos, a maioria referiu "cozinhar completamente" e "congelar" como os mais importantes.

Apenas 7% das pessoas evitaram comprar ou comer peixe por causa da presença de larvas. Um total de 35% dos inquiridos estaria disposto a pagar entre 1 e 2,5 euros (1,1 a 2,7 dólares) extra por um peixe que fosse tratado para remover larvas e alergénios de Anisakis.

Outras análises publicadas

O programa de bolsas da Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) (EU-FORA) proporciona aos cientistas das organizações de segurança alimentar de toda a Europa a oportunidade de aumentarem os seus conhecimentos e adquirirem experiência na avaliação dos riscos alimentares.

Um projeto analisou a prevalência de Salmonela em carcaças de suínos. Foi levado a cabo num matadouro em Itália entre Outubro de 2018 e Outubro de 2021 e foram amostradas 757 carcaças de suínos.

No total, foram encontradas 19 amostras positivas. Quanto ao tipo foram oito vezes Salmonela Derby; três vezes Salmonela typhimurium e Salmonela London; duas vezes Salmonela Give e Salmonela Brandenburg e uma vez Salmonela Goldcoast.

A prevalência de Salmonela era maior nas amostras provenientes de explorações com uma distância superior a 200 quilómetros. A maior permanência dos animais em veículos de transporte com higiene inadequada e o seu contacto próximo poderiam ser as razões. A taxa de positividade também aumentou para animais mais pesados, mas em menor escala.

Outro estudo avaliou a resistência antimicrobiana (AMR) de Campylobacter, em Itália, durante uma década. Foram analisadas mais de 2.734 estirpes de Campylobacter jejuni isoladas de animais domésticos e selvagens e de seres humanos, durante 2011 a 2021.

A proporção de estirpes completamente suscetíveis foi muito semelhante em isolados de humanos e animais domésticos, enquanto que as estirpes de animais selvagens tiveram uma prevalência significativamente mais elevada. As amostras de aves de capoeira mostraram um elevado nível de resistência ao ácido nalidíxico, ciprofloxacina e tetraciclina.

A análise revelou haver necessidade de um melhor conhecimento dos níveis de resistência de Campylobacter jejuni, tendo sido sugerida a monitorização obrigatória de Campylobacter em diferentes animais.

Outros estudos avaliaram os riscos para a saúde associados ao consumo de preparações botânicas de kratom. Produtos desta planta são vendidos online como suplementos alimentares. A kratom tem sido considerada uma planta de possível preocupação sanitária pela FDA e EFSA.

A análise indicou que o seu consumo tem o potencial de conduzir a efeitos neurológicos adversos, incluindo a síndrome da dependência e da abstinência e outras manifestações de toxicidade, tais como a toxicidade hepática.

A caraterização do risco real é dificultada por incertezas consideráveis, incluindo a variabilidade na composição das preparações de kratom, informação insuficiente sobre as relações dose-resposta ou os efeitos da utilização a longo prazo.

Fonte: Food Safety News

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