O desperdício alimentar é um dos maiores desafios globais, com impactos negativos na sustentabilidade ambiental, segurança alimentar e economia.
Frutos como o melão (Cucumis melo L.) são frequentemente rejeitados com base em critérios comerciais que privilegiam o aspeto visual. Esta rejeição pós-colheita, traduz-se em perdas significativas ao longo da cadeia agroalimentar. A valorização destes frutos surge como uma estratégia promissora para mitigar o desperdício, diversificar produtos e promover práticas mais sustentáveis. A incorporação dos subprodutos do melão, como cascas e sementes, em formulações alimentares, nomeadamente sob a forma de farinhas funcionais, contribui para o desenvolvimento de alimentos com um perfil nutricional melhorado. Esta abordagem está alinhada com os princípios da economia circular, incentivando a inovação na indústria alimentar e a redução do impacto ambiental.
Este problema pode ocorrer em diferentes fases: desde a produção agrícola até ao retalho (perdas alimentares), passando pela colheita, armazenamento, transporte e processamento; ou já na fase final de consumo e comercialização (desperdício alimentar), quando alimentos ainda próprios para consumo são descartados por motivos como excesso de oferta, negligência ou decisões individuais (FAO, 2019). Em 2021, a percentagem global de alimentos perdidos entre a colheita e o retalho foi de aproximadamente 13,2 % (FAO, 2022). As consequências são abrangentes e afetam não apenas os produtores e consumidores, mas também o ambiente e a economia global.
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Fonte: TecnoAlimentar