05 de Novembro de 2025
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Ingredientes, inteligência (artificial), rótulo limpo e resiliência agritech: chaves para o futuro da alimentação
2025-10-24

A FoodTech continua a impulsionar um novo modelo alimentar e fá-lo com protagonistas diferentes dos de há apenas alguns meses. A nova edição do Mapa de Cenários de Oportunidades FoodTech da CNTA, financiado pelo Ministério da Agricultura, Pesca e Alimentação (MAPA) espanhol, identificou 31 cenários de oportunidade no período de maio a agosto de 2025, onde a inteligência artificial, a tendência 'clean label' e o boom da 'agritech' se consolidam como alavancas na inovação agroalimentar.

O Mapa, disponível gratuitamente no site da CNTA, funciona como um radar do setor alimentar: mede o que se fala, quanto, com que grau de maturidade tecnológica e para onde se dirige a inovação. Um radar de tendências que pretende ajudar as empresas a antecipar como poderá ser o futuro da alimentação.

A IA e o rótulo limpo ganham terreno frente às proteínas alternativas

A fotografia deste trimestre mostra uma mudança de foco no investimento. Os fundos apostam menos em riscos e mais em tecnologias com impacto real e rápido. Neste contexto, as proteínas alternativas perdem visibilidade, com uma queda de 23% na quota de voz, em relação à edição anterior, enquanto a Inteligência Artificial (IA) e o rótulo limpo concentram a atenção dos media e do capital.

A indústria alimentar explora a IA em várias frentes: desde a otimização de inventários e logística até à personalização de experiências de consumo ou deteção de oportunidades de mercado invisíveis à primeira vista. Grandes empresas como a Danone, Multus ou PepsiCo já estão a testar soluções baseadas em inteligência artificial

Por sua vez, o movimento 'Clean Label' cresce impulsionado por consumidores que exigem naturalidade e por regulamentações mais rigorosas, como a proposta do Departamento de Saúde dos EUA para eliminar os corantes derivados do petróleo do abastecimento alimentar. Mars, Bimbo, PepsiCo ou Nestlé anunciaram que reformularão produtos para se adaptarem.

O efeito cascata estende-se às tecnologias de conservação, que multiplicam sua presença nos meios de comunicação (+150%) com soluções que substituem aditivos sintéticos por ingredientes bioativos ou recorrem a processos físicos como congelamento criogénico ou luz ultravioleta para reduzir a dependência de conservantes sintéticos.

Agritech, o novo cenário que leva a inovação à origem da alimentação

A grande novidade desta edição, do Mapa de Cenários de Oportunidade, é a incorporação de um novo macrocenário: Agritech, que entra com uma quota de 2,2%. O seu aparecimento reflete o peso crescente da inovação aplicada não só aos produtos finais, mas também à origem da cadeia alimentar: agricultura, pecuária e outros sistemas de produção primária.

Este macrocenário engloba tecnologias que estão a transformar o campo através da digitalização, automação, biotecnologia e agricultura regenerativa. A alimentação do futuro já não é entendida apenas em termos de proteínas alternativas ou reformulação, mas como a capacidade de produzir de forma mais eficiente, resiliente e sustentável a partir da própria base do sistema alimentar.

Entre os exemplos mais representativos destacam-se projetos de automação agrícola com robôs de colheita, iniciativas de agricultura regenerativa que devolvem vida aos solos e soluções biotecnológicas como as batatas híbridas, resistentes às alterações climáticas, da Solynta. Um ecossistema que, embora ainda jovem, começa a consolidar-se como peça-chave para garantir a segurança alimentar num contexto de pressão climática e escassez de recursos.

Fonte: iAlimentar

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