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Novos sensores para deteção de oxigénio abrem oportunidades na embalagem de alimentos
2025-10-31

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Investigadores da Universidade de Tecnologia de Kaunas (KTU), na Lituânia, desenvolveram compostos orgânicos capazes de detetar concentrações mínimas de oxigénio de forma rápida, visual e sem necessidade de metais pesados. Esta inovação tem aplicações diretas na indústria alimentar, especialmente no domínio das embalagens inteligentes e da monitorização da cadeia de abastecimento.

Os sensores permitem verificar imediatamente se uma embalagem perdeu o seu selo, uma vez que a sua luminescência varia de acordo com a presença de oxigénio: quando o oxigénio desaparece, a intensidade da luz aumenta e a cor muda de azul para verde, sendo esta mudança visível a olho nu, o que os torna uma ferramenta eficaz para o controlo de qualidade sem necessidade de equipamento adicional.

Alternativa segura e sem metais pesados

Ao contrário de outros sensores que utilizam metais como a platina ou o irídio, os desenvolvidos pela KTU baseiam-se em derivados orgânicos de tiantreno, o que elimina os riscos associados à toxicidade e ao impacto ambiental. Esta caraterística é especialmente relevante para utilização em embalagens alimentares ativas e inteligentes, onde a segurança do consumidor é uma prioridade.

O desempenho baseia-se na fosforescência à temperatura ambiente, uma propriedade rara nos compostos orgânicos, que permite uma deteção prolongada e muito sensível do oxigénio residual no interior da embalagem.

Vantagens competitivas para a indústria

Graças à sua elevada sensibilidade - uma das mais elevadas jamais registadas para sensores sem metais - estes compostos são particularmente úteis em aplicações em que é essencial garantir uma atmosfera modificada ou a ausência de oxigénio, como nos produtos perecíveis ou de gama alta.

Além disso, a sua síntese simples e a sua escalabilidade poderiam facilitar a sua incorporação em soluções industriais, tanto em embalagens unitárias como em sistemas de controlo de armazenamento ou de transporte.

Esta tecnologia abre também a porta a novas soluções de rotulagem ou tintas inteligentes capazes de indicar visualmente se um produto sofreu uma alteração das suas condições de conservação, proporcionando um valor acrescentado ao fabricante, ao distribuidor e ao ponto de venda.

O desenvolvimento faz parte do projeto do Centro de Excelência em Ciências Físicas e Tecnológicas (TiFEC) e posiciona os sensores orgânicos como uma ferramenta promissora para melhorar a segurança, a rastreabilidade e a diferenciação no sector alimentar.

Fonte: iAlimentar

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