O risco de ocorrência de cancro do fígado está correlacionado com o consumo excessivo de aflatoxinas, contidas em alimentos.
As autoridades sanitárias Europeias têm vindo a exercer um maior controlo às aflatoxinas, substâncias tóxicas contidas nos pistáchios, nozes e frutos secos, depois de estudos clínicos demonstrarem que a presença de aflatoxinas na dieta contribuem para o risco de surgir cancro hepático.
Os controlos efectuados pela agência Britânica - Food Standards Agency (FSA), demonstraram que em 95% das amostras de frutos secos comercializados no país, os níveis de aflatoxinas são ausentes ou menores que os limites legais. No entanto, um relatório recente confirma que, mesmo sendo muito poucas, as marcas que contêm mais aflatoxinas do que o permitido aumentaram relativamente a informações anteriores.
A União Europeia fixou os valores limite de aflatoxinas nos produtos agrícolas importados, e tanto as autoridades portuárias como as autoridades sanitárias dos países membros efectuam controlos com assiduidade.
No passado mês a FSA tornou público o relatório efectuado durante o período de Novembro de 2003 a Janeiro de 2004 sobre a detecção de aflatoxinas em produtos comercializados no país. De um total de 197 amostras analisadas, 70% revelaram quantidades indetectáveis, e em 25% foram detectados níveis de aflatoxinas abaixo dos 2-4 microgramas/kg fixados por lei.
As aflatoxinas são produzidas principalmente por algumas espécies de Aspergillus tais como A. flavus, A. parasiticus e A. nominus. Tratam-se de fungos toxicogénicos, capazes de se desenvolverem numa grande variedade de substratos, podendo contaminar os alimentos quando estes são cultivados, processados, transformados ou armazenados em condições adequadas que favoreçam o seu desenvolvimento. O crescimento de fungos e a produção de toxinas dependem de muitos factores como o alimento em questão, o grau de acidez, a temperatura, a humidade e a presença de microflora competitiva.