A União Europeia (UE) atribuiu à Guiné-Bissau 1,5 milhões de euros para projectos de organizações não governamentais (ONG) que visam apoiar a segurança alimentar no país, indica um comunicado dos “25” divulgado ontem em Bissau.
De acordo com a nota, este montante, que se junta ao milhão de euros já disponibilizado no passado pela UE, permitirá financiar projectos de apoio a populações carentes da Guiné-Bissau, de acordo com a política sectorial preconizada pelo Ministério da Agricultura guineense. Um dos projectos, que abrangerá directamente 9.000 pessoas e indirectamente outras 7.400, é o Projecto Integrado de Segurança Alimentar de Cacheu, norte da Guiné-Bissau, que está a ser concretizado pela Acção para o Desenvolvimento (AD, uma ONG guineense), com o apoio do Instituto Marquês de Valle Flor, de Portugal. O projecto visa apoiar a produção e diversificação agrícola, alimentar e nutricional, bem como ajudar nas acções de transformação e comercialização de produtos e de sensibilização para a gestão racional dos recursos naturais. Outro dos projectos está ligado à redução estrutural da insegurança alimentar na Guiné-Bissau, resultante da parceria entre a Associação Nacional dos Voluntários Laicos com várias organizações de produtores que operam nas regiões de Cacheu e Bafatá, este último no leste do país. O apoio financeiro, que beneficiará directamente cerca de 3.000 agricultores e indirectamente 170.000 habitantes das duas regiões, destina-se a ajudar as associações de agricultores, nomeadamente na reabilitação de arrozais de água salgada e doce, horticultores e criadores de gado. Segundo o comunicado, a União Europeia considera esta acção uma iniciativa "importante" na luta contra a pobreza na Guiné-Bissau, que permite não só aumentar a oferta de alimentos, mas também torná-los acessíveis às populações mais necessitadas. Este montante, tal como o atribuído em 2003, é atribuído à margem do Programa Indicativo Nacional (PIN), acordado entre a Guiné-Bissau e a UE para o período entre 2002 e 2007.
Fonte: CONFAGRI