A Associação de Defesa dos Agricultores do Distrito de Braga (ADADB) denunciou que mais de metade do vinho verde no mercado não é de qualidade.
José Manuel Lobato, à margem de um seminário realizado ontem em Braga, acusou os armazenistas e manifestou também preocupação em relação aos produtores que «não conseguem comercializar o produto»; as adegas cooperativas encontram-se em dificuldades, pelo que muitos produtores não recebem há mais de três anos.
Paradoxalmente, vende-se mais vinho verde do que as quantidades que se produzem devido a falsificações.
Neste momento, está a ser criado um cadastro da vinha, que distribuirá uma quota de produção por cada produtor e certificará o produto vitivinícola.
José Manuel Lobato afirmou que «é preciso ter consciência que existem grandes interesses e poder financeiro de empresas que apostam agressivamente no mercado, convencendo o consumidor de que o vinho é álcool e, como tal, prejudica a saúde, para ficarem com o mercado mais livre para vender as suas mixórdias, essas sim, prejudiciais para a saúde de quem as consome».
Para a ADADB, o sector vitivinícola enfrenta, agora, o que o sector do leite e lacticínios já sofreu: a concentração de produto.
O secretário de Estado adjunto do ministro da Agricultura ofereceu algumas soluções. O governante sugeriu o alargamento da electricidade verde às adegas e falou na criação de uma linha de crédito de apoio aos produtores.
Fonte: Jornal de Notícias