Os últimos casos de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) detectados nos Estados Unidos e no Canadá são ocorrências isoladas, declarou, em comunicado, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO).
A organização garantiu ainda que não existem razões para consumidores e produtores entrarem em pânico.
Andrew Speedy, especialista em produção animal da FAO, apelou ao reforço do enfoque científico na abordagem à doença em países livres de EEB (conhecida por doença das “vacas loucas”).
Segundo a FAO, há que tomar medidas concretas contra a EEB: «identificação dos animais mediante etiquetas nas orelhas ou sistemas electrónicos, elaboração de registos nacionais e documentação dos movimentos, aplicação obrigatória de análises quando se suspeite que algum animal possa ter a doença e campanhas de sensibilização geral, em especial entre os produtores e veterinários».
Tendo em conta que a doença é ainda bastante desconhecida para os cientistas, pelo que as formas de detecção e combate não funcionam ainda plenamente, a organização ressalva a possibilidade de ser necessário facultar apoios ao sector agrícola para estimular a detecção de casos de EEB.
Actualmente, a FAO encontra-se a colaborar com a Suíça na investigação da doença.O país detectou o primeiro caso em 1990 e chegou a registar 68 ocorrências em 1995, mas, em 2004, já só se verificaram três casos o que «demonstra a eficácia do sistema aplicado nesse país», explicou Speedy. O sistema de identificação e registo do gado é infalível e a Suíça aplica também um programa de análises científicas e aplica medidas de prevenção.
Fonte: FAO e Confagri