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Em Portugal, as estruturas de saúde pública portuguesas e espanholas estão a colaborar na formulação de planos contra uma possível pandemia de gripe das aves.
Será publicado brevemente em Diário da República o diploma que cria o grupo gestor do plano de contingência português contra a eventual chegada da doença a Portugal, e que reúne membros de vários organismos.
Segundo os especialistas, está a aproximar-se o fim do período interpandémico - surge uma pandemia de gripe em intervalos que podem ir dos 10 aos 50 anos e a última ocorreu em 1968 - sendo esta a altura de reforçar a vigilância.
Durante o Fórum Gulbenkian Saúde, realizado em Fevereiro em Lisboa, Francisco George, subdirector geral da saúde, considerou que “a magnitude da gravidade ou intensidade da pandemia que poderá afectar Portugal depende da resposta que o país der à pandemia”.
O subdirector geral de saúde explicou ainda que uma vacina pandémica apenas poderá surgir quando o vírus emergir, mas salientou que o abate sanitário das aves na Ásia pode ter sido “determinante para o recuo da pandemia”.
Francisco George realçou ainda que num cenário actual de pandemia de gripe haverá anti-virais e mais antibióticos para combater as complicações da doença do que existia no passado.
Gripe das Aves: Nova Vítima no Vietname
Um homem de 69 anos morreu com a gripe das aves no Vietname, o que eleva a catorze o número de vítimas mortais deste vírus no país desde o início do ano.
De acordo com o director do hospital da província de Thai Binh, localizada a sudeste de Hanoi, Pham Van Diu, o homem morreu a 23 de Fevereiro.
Foi hospitalizado a 19 de Fevereiro e os exames revelaram três dias depois que ele era portador do vírus.
No total, 34 pessoas já morreram no Vietname com a gripe das aves e 12 na Tailândia desde o final de 2003.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) voltou a alertar a semana passada para um possível cenário de catástrofe, a curto ou médio prazo, devido a este novo vírus, apesar do balanço de vítimas humanas ser ainda relativamente limitado.
A OMS estima que uma grande epidemia de gripe poderá fazer milhões de mortes se o vírus H5N1 se adaptar à espécie humana e adquirir a capacidade de se transmitir entre pessoas.
Um terço da população mundial poderá ser infectada e um por cento dos infectados acabará por morrer.
Fonte: Lusa
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